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STF começa a julgar núcleo 3 da trama golpista nesta terça-feira

Grupo é composto por nove militares e um agente da Polícia Federal

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Primeira Turma do STF inicia hoje o julgamento de 10 réus envolvidos em uma trama golpista durante o governo de Jair Bolsonaro.
  • O grupo é formado por nove militares e um agente da Polícia Federal, acusados de monitorar e planejar ataques contra autoridades.
  • O plano "Punhal Verde e Amarelo" previa assassinatos de autoridades, incluindo ministros e integrantes da chapa eleita em 2022.
  • A PGR pediu a condenação de nove dos réus e a desclassificação de crimes no caso de um dos acusados, que pode negociar um acordo.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bernardo Romão Corrêa Neto, Rodrigo Bezerra Azevedo e Fabrício Moreira de Bastos
Bernardo Corrêa Neto, Rodrigo Azevedo e Fabrício Moreira são alguns dos réus Montagem - Reprodução/Exército

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta terça-feira (11) dez réus da trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro que integram o núcleo 3, composto principalmente por kids pretos do Exército.

Estão marcadas seis sessões para o julgamento, nos dias 11, 12, 18 e 19 de novembro, das 9h às 12h. Nos dias 11 e 18 haverá também sessões das 14h às 19h.


De acordo com a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), eles participaram de ações de monitoramento e planejamento de ataques contra autoridades previstos no plano “Punhal Verde e Amarelo”.

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O grupo é composto por nove militares e um agente da Polícia Federal, escalado para trabalhar na posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro de 2023 e acusado de fornecer informações sobre o evento ao grupo golpista. Em parecer, a PGR pediu a condenação de nove dos dez réus.


O grupo responde por cinco crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Deterioração de patrimônio tombado; e
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.

Integram o núcleo 3 os seguintes réus:


  • Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército;
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército; e
  • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal

No caso de Ronald Ferreira Júnior, a PGR pediu a desclassificação dos cinco crimes dos quais o tenente-coronel era acusado. No lugar das imputações, a PGR qualificou a conduta de Júnior em incitação ao crime. Nesse caso, ele poderá negociar a assinatura de um acordo de não persecução penal.

Argumentos da PGR

Segundo a acusação, cinco acusados pressionaram e incitaram seus pares nas Forças Armadas para aderir ao golpe valendo-se “de conhecimentos militares especiais e/ou de seus postos elevados na hierarquia militar”: Bernardo Romão, Fabrício Bastos, Márcio Júnior, Estevam Theophilo e Sérgio Cavaliere.


Em delação, Mauro Cid relatou que, no meio militar, Estevam Theophilo era reconhecido como o general que “tomaria a iniciativa” do golpe se o então presidente Jair Bolsonaro assinasse um decreto de exceção.

Além da incitação de militares, segundo a PGR, o núcleo 3 teria operacionalizado o planejamento conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes e os integrantes da chapa eleita nas eleições de 2022: Lula e Geraldo Alckmin.

O grupo responsável por essa empreitada, destinada a causar um caos social que propiciasse o decreto de uma medida de exceção, era composto por Rodrigo Azevedo, Rafael Oliveira, Hélio Ferreira Lima e Wladimir Matos Soares, segundo a acusação.

De acordo com as investigações, o plano “Punhal Verde e Amarelo” foi elaborado pelo general Mário Fernandes e efetivado por uma operação denominada “Copa 2022”.

Os acusados de participar dele utilizaram codinomes de países, cadastrados em linhas telefônicas em nomes de terceiros. A operação chegou a entrar em curso, mas foi abortada.

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