O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta sexta-feira (21) se condena a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte de arma de fogo sem autorização e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo por ela ter perseguido armada um homem em São Paulo em 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições daquele ano.O julgamento dos ministros será feito no plenário virtual até 28 de março. Nesse modelo, não há discussão. Se houver um pedido de vista, o julgamento será suspenso. Caso ocorra um pedido de destaque, a decisão será levada ao plenário físico do tribunal.Nas eleições daquele ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) havia proibido o transporte de armas e munições em todo o território nacional por parte de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) no dia das eleições, nas 24 horas que antecediam o pleito e nas 24 horas após o fim da votação. O descumprimento da norma poderia resultar em prisão em flagrante por porte ilegal de arma, além de crime eleitoral.Em entrevista após a confusão, Zambelli disse ter ignorado a resolução. “Conscientemente, estava ignorando a resolução e continuarei ignorando a resolução do [ministro] Alexandre de Moraes, porque ele não é legislador. É simplesmente presidente do TSE e membro do STF. Ele não pode, em nenhum momento, fazer lei. Isso é ativismo judicial.”Carla Zambelli teve cassado seu diploma de deputada federal, em janeiro, pelo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). A decisão também deixou a parlamentar inelegível por oito anos a partir das eleições de 2022. Zambelli pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).O tribunal reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi apresentada pela também deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A alegação era de que Zambelli divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022.