O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o julgamento no fim da noite desta quarta-feira (11) e decidiu, por 9 a 2, manter o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afastado do cargo. Na votação em plenário virtual, oito ministros acompanharam o voto de Alexandre de Moraes, que, na última segunda (9), ordenou que o governador deixe o comando do DF por 90 dias. André Mendonça e Nunes Marques foram os únicos que votaram contra. A determinação de Moraes foi divulgada horas após manifestantes extremistas que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições terem depredado o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF, no último domingo (8). No voto, Mendonça considera que "a decretação de intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal torna desnecessária a suspensão do exercício da função pública do Chefe do Poder Executivo local" e ressalta "a necessidade de ampla e rigorosa apuração dos fatos". Já Nunes Marques afirmou que acompanha "o relator para referendar as medidas cautelares", mas disse que diverge "apenas no que concerne à medida de afastamento do governador Ibaneis Rocha".Confira a lista dos ministros que seguiram o voto de Alexandre de Moraes: • Cármen Lúcia; • Dias Toffoli; • Edson Fachin; • Gilmar Mendes; • Luís Roberto Barroso; • Luiz Fux; • Ricardo Lewandowski; • Rosa Weber. Após o afastamento de Ibaneis Rocha, o cargo foi assumido pela vice-governadora, Celina Leão (PP), que reconheceu que houve uma falha no comando da polícia durante os atos de vandalismo. Para a governadora em exercício, Ibaneis "recebeu várias informações equivocadas durante todo o momento da crise" e não tem participação na depredação das sedes dos Três Poderes da República. Procurado pelo R7, o governador afastado informou que prefere ficar em silêncio. No entanto, Ibaneis se manifestou nas redes sociais, disse que respeita a decisão da Justiça e divulgou um vídeo em que pedia desculpa.No vídeo abaixo, o governador Ibaneis Rocha (MDB) pede desculpas horas após o vandalismo em Brasília: