STF mantém prisão de Anderson Torres por omissão em atos de vandalismo
Torres foi exonerado da Secretaria de Segurança Pública do DF no domingo (8), depois da ação de extremistas em Brasília
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (11), manter a ordem de prisão contra o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e contra o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira. As decisões iniciais partiram do ministro Alexandre de Moraes, na terça-feira (10).
O plenário virtual da Corte também referendou a decisão de Moraes que determinava o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do Governo do DF por 90 dias. Os julgamentos ocorrem na esteira dos atos antidemocráticos, no domingo (8), que terminaram com a praça dos Três Poderes vandalizada.
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Na decisão que determinou a prisão de Torres, Moraes afirmou que “em momento tão sensível da democracia brasileira, em que atos antidemocráticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o país e em Brasília, não se pode alegar ignorância nem incompetência pela omissão dolosa e criminosa".
O ex-ministro da Justiça foi exonerado da Secretaria de Segurança Pública do DF no domingo (8), após os atos de vandalismo em Brasília. Nas redes sociais, ele divulgou uma nota em que rebate as suspeitas de conivência com os extremistas. Ele também disse que foi surpreendido pela violência da manifestação e que as cenas de guerra vistas em Brasília eram "inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira".
Torres estava de férias, com a família, nos Estados Unidos, e acompanhou os atos de vandalismo a distância. Após a decisão de Moraes, o ex-secretário anunciou que voltaria ao Brasil para se apresentar à Polícia Federal.