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R7 Brasília

STF marca para 18 de junho julgamento de denúncia contra presos por morte de Marielle

Primeira Turma do Supremo vai analisar denúncias contra Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Marielle foi assassinada em março de 2018
Marielle foi assassinada em março de 2018 Dayane Pires/CMRJ - 29.5.2017

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 18 de junho o julgamento da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra os três principais suspeitos de ter planejado o assassinato da vereadora Marielle Franco: o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.

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Apontados como mandantes do crime, os três foram presos em março em uma operação da Polícia Federal, com participação da PGR e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou em delação premiada que Chiquinho, Domingos e Rivaldo tiveram participação no assassinato.

De acordo com Lessa, o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo, para quem Marielle trabalhou como assessora.

Na última sexta-feira (7), o Moraes autorizou a transferência de Ronnie Lessa da penitenciária federal de Campo Grande para o presídio de Tremembé, em São Paulo. Além disso, o ministro tirou o sigilo da delação do ex-policial.


No relato, Lessa afirma que se encontrou três vezes com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão para tratar do assassinado da ex-vereadora Marielle Franco. Segundo Lessa, as reuniões duraram cerca de uma hora cada.

O último encontro foi em abril de 2018, depois do assassinato. Os suspeitos estavam preocupados com a repercussão do caso. Lessa diz que eles foram tranquilizados pelos irmãos Brazão, que afirmaram que podiam contar com a atuação de Rivaldo, que à época do crime chefiava a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Lessa disse, ainda, que Marielle era uma “pedra no caminho” dos irmãos Brazão. “Foi feita a proposta, a Marielle foi colocada como uma pedra no caminho. O Domingos, por exemplo, não tem ‘papas na língua’”, afirmou Lessa aos investigadores. Além disso, de acordo com o policial, o plano para matar Marielle teve início em setembro de 2017.

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