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STJ autoriza que Alberto Youssef retire tornozeleira eletrônica

Ex-doleiro deveria usar equipamento por 27 anos, mas ministros entenderam que prazo é desproporcional

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Alberto Youssef terá abertas as contas de quatro empresas suas
Alberto Youssef terá abertas as contas de quatro empresas suas Valter Campanato/Agência Brasil - 21.02.2023

A Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou que o ex-doleiro Alberto Youssef retire o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Youssef foi preso pela Operação Lava Jato em março de 2014. A força-tarefa do Ministério Público Federal o acusou de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras. Condenado a mais de 100 anos de prisão, o doleiro passou dois anos e oito meses preso. Ele deixou o cárcere em novembro de 2016, mas cumpre o restante da pena em regime aberto.

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Youssef usa a tornozeleira eletrônica em função da colaboração premiada que firmou com o Ministério Público Federal. Segundo o acordo, ele deveria ser monitorado com o aparelho por 27 anos.

No entendimento da maioria dos ministros que julgaram o caso, o uso da tornozeleira por mais de 20 anos é desproporcional e ofende a dignidade humana.

De todo modo, a Quinta Turma do STJ definiu que o juízo da execução penal deve adotar alguma forma de monitorar o cumprimento da pena e dos termos da colaboração premiada.

Em 2015, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu e homologou o acordo de delação premiada firmado por Youssef. A delação dele e do ex-diretor Paulo Roberto Costa, também homologada pelo STF, deram origem a mais de 20 inquéritos contra parlamentares que investigam suposta participação de políticos no esquema que desviou recursos da Petrobras.

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