Suíça enviará equipe para restaurar relógio destruído no Planalto 'em breve', diz embaixador
Objeto do século 17, doado pela corte francesa a dom João 6º, foi quebrado por manifestantes extremistas nos atos de 8 de janeiro
Brasília|Natalie Machado, da Record TV
Especialistas suíços devem chegar ao Brasil para restaurar o relógio de Balthazar Martinot, destruído por extremistas durante a invasão do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro, "em breve", segundo afirmou o embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, nesta quarta-feira (12).
A iniciativa de recuperação da obra partiu do governo suíço e contará com a avaliação do material, presencialmente. De acordo com Lazzeri, "a ideia é reparar e formar brasileiros para que possam cuidar do patrimônio histórico do país".
A peça do século 17, considerada patrimônio histórico brasileiro, foi doada pela corte francesa a dom João 6º, em 1808.
Em 23 de janeiro, a Polícia Federal prendeu em Uberlândia (MG) o homem de 30 anos filmado ao destruir o relógio. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele quebrou o objeto (veja no vídeo abaixo).
Nas imagens, ele caminha, para, derruba o relógio no chão e revira mesas e cadeiras. Depois, retorna e tenta destruir a câmera de segurança com um extintor de incêndio.
Parceria entre os países
O país europeu está entre os dez maiores investidores do Brasil e é conhecido por desenvolver relógios com alta qualidade, além de possuir artesãos especialistas em trabalho com peça única, mão de obra que será doada ao Brasil.
Brasil e Suíça têm mais de 200 anos de parcerias bilaterais, voltadas, principalmente, para sustentabilidade, ciência, pesquisa e inovação.
O governo suíço conversa com o Brasil também a respeito de acordos que envolvam o Mercosul (bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e possibilitem o livre-comércio entre os países.