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Super-ricos brasileiros pagam metade dos impostos de restante da população, diz estudo

Pesquisa embasa ideia do governo de Lula para taxar grupo; proposta está no projeto de isenção do IR, em análise no Congresso

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo revela que super-ricos brasileiros pagam metade dos impostos que os demais cidadãos.
  • Quem ganha mais de R$ 5,5 milhões anuais paga 20,6% em impostos, enquanto o restante paga 42,5%.
  • Os resultados servirão como base para a proposta do governo Lula de tributar os super-ricos.
  • Projeto que eleva a isenção no Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 está em análise no Congresso.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Haddad apresentou estudo ao lado de economista francês José Cruz/Agência Brasil - 28.08.2025

Levantamento feito por economistas brasileiros e internacionais aponta que os super-ricos do Brasil pagam metade dos impostos que o restante da população.

Enquanto quem recebe mais de R$ 5,5 milhões de renda por ano paga 20,6% (reunidos todos os impostos), dos demais brasileiros são cobrados 42,5%.


Os dados estão no estudo Progressividade Tributária e Desigualdade no Brasil: Evidências a partir de Dados Administrativos Integrados. A pesquisa foi apresentada nesta sexta-feira (29), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o economista francês Gabriel Zucman.

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O estudo foi feito em parceria entre a Receita Federal e o Observatório de Impostos da União Europeia. O órgão brasileiro compartilhou as informações, sem comprometimento da segurança dos dados, como ressaltou Zucman na apresentação — segundo Haddad, os números foram usados de maneira anônima.


O levantamento apontou que os super-ricos brasileiros pagam menos impostos do que em outros países. O estudo não faz recomendações de políticas específicas, mas busca estabelecer um panorama dos fatos.

Discussão no Legislativo

A ideia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é usar os resultados para embasar a proposta de taxar os super-ricos, uma das bandeiras da gestão.


A ideia está incluída no projeto que eleva a isenção no Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês, como forma de compensação. O texto tramita no Congresso Nacional, e o governo espera aprová-lo no próximo mês.

Ao citar a proximidade da análise do tema no Legislativo, Haddad afirmou que o estudo “não poderia ser mais oportuno”.


“Tenho muita convicção de que, com exceção de um grupo mais extremado de deputados e senadores, o bom senso há de prevalecer para que o Brasil inicie uma trajetória. É um passo modesto, mas esse primeiro passo, mesmo que modesto, vai abrir uma seara, um caminho para o Brasil buscar o desenvolvimento sustentável”, defendeu Haddad na apresentação.

Perguntas e Respostas

Qual é a principal conclusão do estudo sobre a tributação dos super-ricos no Brasil?

O estudo revela que os super-ricos do Brasil pagam metade dos impostos em comparação ao restante da população. Aqueles que recebem mais de R$ 5,5 milhões por ano pagam 20,6% em impostos, enquanto os demais brasileiros são cobrados em 42,5%.

Quem apresentou os dados do estudo e qual foi a metodologia utilizada?

Os dados foram apresentados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo economista francês Gabriel Zucman. O estudo foi realizado em parceria entre a Receita Federal e o Observatório de Impostos da União Europeia, utilizando informações de forma anônima para garantir a segurança dos dados.

Como os super-ricos brasileiros se comparam a outros países em termos de impostos?

O levantamento indica que os super-ricos brasileiros pagam menos impostos do que seus pares em outros países, embora o estudo não faça recomendações de políticas específicas.

Qual é a proposta do governo de Lula em relação à tributação dos super-ricos?

A proposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é utilizar os resultados do estudo para justificar a taxação dos super-ricos, como parte de um projeto que eleva a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês. Este projeto está em tramitação no Congresso Nacional.

Qual é a expectativa do governo em relação à aprovação do projeto no Congresso?

O governo espera que o projeto seja aprovado no próximo mês. Fernando Haddad expressou confiança de que, exceto por um grupo mais extremado de deputados e senadores, o bom senso prevalecerá para que o Brasil inicie uma trajetória em direção ao desenvolvimento sustentável.

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