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SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose

Condição afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo

Brasília|Da Agência Brasil

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Dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel e desogestrel são novas opções de tratamento
Dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel e desogestrel são novas opções de tratamento Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Mulheres com endometriose terão duas novas opções de tratamento de base hormonal para a doença via SUS (Sistema Único de Saúde): o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel.

Ambos foram recentemente incorporados à rede pública depois de receberem recomendação favorável da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde).


RESUMO DA NOTÍCIA

  • O SUS vai oferecer dois novos tratamentos hormonais para endometriose: DIU-LNG e desogestrel.
  • Ambos tratamentos foram incorporados após recomendação favorável da Conitec.
  • Endometriose afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, causando sintomas como dor intensa e infertilidade.
  • Aumento significativo nos atendimentos e internações relacionadas à endometriose no Brasil nos últimos anos.

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Em nota, o Ministério da Saúde detalhou que o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e figura como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados.

“A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.”


O desogestrel, segundo a pasta, pode reduzir a dor e dificulta a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero, e que poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames.

“Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose”, informou o ministério no comunicado.


Entenda

A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica que ocasiona o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina. Nas mulheres com a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias.

Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose.


Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que a condição afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, representando mais de 190 milhões de pessoas.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam aumento de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico da endometriose na atenção primária na comparação entre 2022 (115,1 mil atendimentos) e 2024 (144,9 mil). Ao longo dos dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados, segundo a pasta, mais de 260 mil atendimentos.

Na atenção especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos, foram contabilizados 85,5 mil atendimentos.

Também houve um aumento de 32% nas internações pela doença, que passaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. No mesmo período (2023 e 2024), o total foi de 34,3 mil internações.

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