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Tarifaço: Haddad vê ‘maior sensibilidade’ das autoridades americanas para negociar

Ministro da Fazenda também disse que prazo para início das tarifas não pode impedir que diálogo aconteça com liberdade

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília e Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Fernando Haddad vê maior sensibilidade das autoridades americanas para negociar tarifas de 50%.
  • Haddad acredita que o Brasil não abandonou a mesa de negociação e há sinais de interesse dos EUA.
  • Vice-presidente Geraldo Alckmin utiliza canais reservados para dialogar sobre a tarifa com os EUA.
  • Grupo de senadores brasileiros tenta prorrogação do prazo de início das tarifas, previsto para 1º de agosto.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Haddad afirma que Brasil nunca deixou a mesa de negociações Diogo Zacarias/Divulgação Ministério da Fazenda – 28.07.2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que vê “maior sensibilidade” das autoridades americanas para negociar as tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump e que entram em vigor nesta sexta-feira (1º).

Questionado se era possível chegar a um acordo com Trump, Haddad afirmou: “Em relação ao Brasil sempre vai ser.”


“O Brasil nunca abandonou a mesa de negociação. Eu acredito que essa semana há já algum sinal de interesse em conversar e há uma maior sensibilidade de algumas autoridades dos Estados Unidos de que talvez tenham se passado um pouquinho e queiram conversar“, disse.

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Haddad completou, no entanto, que talvez não dê tempo de concluir essa negociação até sexta-feira. “Alguns empresários estão fazendo chegar ao nosso conhecimento de que estão encontrando maior abertura lá [nos Estados Unidos]. Não sei se vai dar tempo até dia primeiro. Mas o que importa não é essa data. Ela não é uma data fatídica. Pode ser alterada por eles ou pode entrar em vigor se nós nos sentarmos e rapidamente concluirmos uma negociação”, defendeu.


O ministro salientou que a relação entre Brasil e EUA sempre foi amistosa e não há motivos para que isso mude.

“Deixar que temas alheios ao governo brasileiro sejam motivo para o recrudecimento de tensões não faz nenhum sentido para nós. O vice-presidente [Geraldo] Alckmin tem feito um esforço monumental de conversar com a sua contraparte. Ontem mesmo houve uma conversa mais longa. A terceira e mais longa conversa que tiveram”, citou.


O titular da fazenda alertou que o Brasil não deve ficar apreensivo com o 1º de agosto, data em que começa a valer as tarifas. “Se nós ficarmos apreensivos com ela, podemos inibir que a conversa transcorra com mais liberdade, com mais sinceridade entre os dois países.”

Articulações

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a declarar nesta segunda-feira (28) que o Brasil usa, além dos meios oficiais, canais “reservados” para dialogar com os Estados Unidos sobre a taxa imposta pelo presidente Donald Trump. Alckmin afirmou a jornalistas que está em elaboração um plano de contingência, “bastante completo e bem feito”, em resposta à medida de Trump.


“Todo empenho agora nesta semana é buscar resolver o problema. Estamos permanentemente no diálogo, estamos dialogando neste momento, pelos canais institucionais e em reserva”, destacou.

O grupo de oito senadores brasileiros que está nos EUA para tratar sobre a tarifa de 50% imposta a produtos nacionais iniciou, também nesta segunda, uma articulação com o setor privado americano para pedir a prorrogação do prazo para o início das tarifas, previstas para entrar em vigor em 1° de agosto.

“Foi sugerido um manifesto, uma carta, solicitando a prorrogação desse caso, até porque a classe empresarial precisa de previsibilidade para se adequar, principalmente no caso de produtos perecíveis”, afirmou o líder do grupo, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), em entrevista a jornalistas.

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