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TCU vai apurar sigilo imposto a 99% dos gastos da Presidência com cartões corporativos

Órgão se baseou em relatório que mostra que Presidência colocou sob sigilo R$ 55,2 milhões de R$ 55,5 milhões gastos com os cartões

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Goiânia (GO), 17/07/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, partipa do 60 CONUNE - Congresso da União Nacional dos Estudantes, realizado na UFG. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
TCU vai apurar sigilo em gastos de Lula com cartões corporativos Bruno Peres/Agência Brasil - 17.7.2025

O Ministério Público pediu ao TCU (Tribunal de Contas da União) que apure o sigilo imposto pelo governo a 99% dos gastos feitos, desde 2023, com cartões corporativos da Presidência da República. Com o pedido, o processo já começou a tramitar na corte de contas.

O órgão se baseou em um relatório divulgado nesta quinta-feira (17) que mostra que a Presidência gastou R$ 55,5 milhões por meio desses cartões de janeiro de 2023 a abril de 2025. Desse montante, R$ 55,2 milhões foram classificados como sigilosos.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • TCU inicia apuração sobre sigilo de 99% dos gastos com cartões corporativos da Presidência.
  • Relatório mostra que R$ 55,5 milhões foram gastos, dos quais R$ 55,2 milhões são classificados como sigilosos.
  • Ministério Público questiona critérios de classificação de sigilos e ausência de notas fiscais para rastreabilidade.
  • Falta de transparência compromete a confiança entre o Estado e a sociedade, destacam autoridades.

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O relatório também aponta que o gabinete da Vice-Presidência apresentou gastos relevantes no mesmo período. O total registrado foi de R$ 393,9 mil, dos quais R$ 362,2 mil foram igualmente classificados como sigilosos.

O MP também pediu ao TCU para conhecer e avaliar se estão estabelecidos critérios claros para a classificação de sigilo com justificativas fundamentadas e alinhadas aos princípios constitucionais.


O relatório aponta que não há apresentação de notas fiscais que comprovem as transações realizadas, o que compromete a rastreabilidade e a prestação de contas sobre o uso dos recursos públicos.

Essa ausência de documentação detalhada dificulta o trabalho de fiscalização e aumenta os riscos de irregularidades ou uso inadequado dos recursos, segundo o documento.


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De acordo com o procurador Lucas Furtado, a “postura de inércia” frente às orientações do TCU reforça a necessidade de uma atuação mais firme para assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e transparente.

“A transparência é um pilar indispensável para a democracia e que sua ausência compromete a relação de confiança entre o Estado e a sociedade, a fim de garantir que os princípios constitucionais sejam respeitados e que os recursos públicos sejam geridos de forma ética e responsável”, disse.

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