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R7 Brasília

Tebet defende autonomia do BC, mas com mandato menor de presidente para evitar ‘ruídos’

Segundo ministra, a troca de comando da instituição monetária após um ano do novo governo seria suficiente

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Ministra Simone Tebet defendeu autonomia do BC Geraldo Magela/Agência Senado

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu nesta terça-feira (2) a autonomia do Banco Central, mas sugeriu uma redução do mandato do presidente da instituição monetária e troca do nome depois de um ano do novo governo federal para evitar “estresse” e “ruídos”. A fala ocorre em meio a uma série de críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à configuração do BC.

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“É saudável a autonomia do Banco Central, mas questionei esses dois anos de um presidente [após a troca de governo]. Acho que um ano é mais do suficiente”, disse a ministra. Atualmente, o mandato do presidente do BC é de quatro anos e, por isso, o indicado do governo anterior permanece no cargo por dois anos após a troca de chefes do Executivo federal.

Segundo Tebet, uma troca mais rápida não significaria “interferência do Executivo ou do legislativo no Banco Central”, apenas facilitaria o diálogo com a gestão vigente.

Lula, por outro lado, é crítico à autonomia do BC. Segundo ele, quem quer essa configuração é o mercado e não a população. “O que não pode é ter um Banco Central que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Nós não precisamos ter política de juros alto nesse momento. A taxa Selic está exagerada. A inflação está controlada”, disse Lula na segunda (1º).


No mês passado, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu interromper o ciclo de cortes da taxa básica de juros iniciado em agosto do ano passado e manteve a Selic em 10,5% ao ano. A decisão unânime veio alinhada às expectativas do mercado, que esperava a manutenção da taxa, devido aos juros nos Estados Unidos, à inflação e ao aumento da percepção de risco fiscal no Brasil.

Alta do dólar

A ministra também comentou sobre a alta do dólar e jogou a responsabilidade para o Banco Central responder. “A política monetária tem alguns mecanismos que podem ser acionados de acordo com a necessidade e entendimento técnico do Banco Central”, ponderou. “Da nossa parte, estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal. Nossa meta este ano é zero e estamos focando nela”, completou.


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