Técnicos do Orçamento, da equipe de Guedes, pedem exoneração
Subsecretários entregaram os pedidos de exoneração que serão publicados no Diário Oficial nos próximos dias
Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília
O subsecretário de assuntos fiscais da Secretaria de Orçamento, Luiz Guilherme Pinto Henriques, e o subsecretário de gestão orçamentária do Ministério da Economia, Márcio Luiz de Albuquerque Oliveira, entregaram pedido de exoneração dos cargos ao ministro Paulo Guedes. Fontes internas confirmaram ao R7 a informação de que a saída dos técnicos deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
Os técnicos participaram da elaboração do Orçamento 2022, cujo prazo para a sanção presidencial termina nesta sexta-feira (21). Luiz Guilherme Henriques era o responsável da área que cuidava do pagamento de precatórios e dos gastos com a folha de pagamento e Márcio Oliveira comandava a parte que remanejava verbas dentro do Orçamento.
Segundo informações repassadas ao R7, Henriques está de férias e não volta mais para o Ministério da Economia. Para justificar a saída do cargo, ele alegou motivos pessoais e que vai se dedicar ao mestrado. Já Oliveira deixa a chefia, mas seguirá nos quadros do ministério.
Debandada
O Ministério da Economia sofreu três novas baixas na última quarta-feira (19). Foram publicadas no Diário Oficial da União as exonerações, a pedido, de Sergio Bogea Soares, diretor de programa da Secretaria Especial da Receita Federal; Cristiano Rocha Heckert, secretário de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital; e Gustavo José de Guimarães e Souza, secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria da Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento.
Ao longo da gestão, no entanto, Guedes foi perdendo nomes da cúpula da pasta. A primeira grande baixa foi Mansueto Almeida, secretário do Tesouro e Orçamento, seguida das de Caio Megale, diretor de programas da Secretaria da Fazenda, Marcos Cintra, secretário especial da Receita, Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, e Paulo Uebel, secretário especial de Desburocratização e Governo Digital.
Em outubro do ano passado, mais quatro secretários deixaram a pasta em um único dia alegando motivos pessoais, mas, segundo apuração, motivados por insatisfação na gestão fiscal e flexibilização do teto de gastos. Entre eles Bruno Funchal, da Secretaria de Tesouro e Orçamento; Jeferson Bittencourt, da Secretaria do Tesouro; Gildenora Dantas, secretária especial adjunta de Tesouro e Orçamento; e Rafael Araujo, secretário adjunto do Tesouro Nacional.