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R7 Brasília

Relator da reforma tributária na Câmara diz estar 'à disposição' dos senadores para 'esclarecer pontos'

Após se reunir com Alckmin, nesta segunda, Aguinaldo Ribeiro disse ainda que tem de 'deixar o Senado fazer o trabalho dele'

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, e Deborah Hana Cardoso, da Record TV, em Brasília

Aguinaldo diz estar 'à disposição' dos senadores
Aguinaldo diz estar 'à disposição' dos senadores

O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) afirmou, na tarde desta segunda-feira (10), que é preciso deixar o Senado livre para analisar a reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados na última semana. Na Casa, Ribeiro foi o relator do texto, que deve ser analisado pelos senadores a partir de agosto, depois do recesso parlamentar.

"Vou estar à disposição. Nossa missão só estará completa quando tivermos a promulgação [da PEC da Reforma Tributária]. Até lá, estaremos discutindo, debatendo e esclarecendo. Ainda tem muitos pontos onde há muita especulação equivocada em relação ao texto", disse o deputado, ao ser questionado se os senadores devem alterar o texto aprovado pela Câmara. "Nosso papel é esclarecer, é um tema muito complexo. A gente tem que deixar o Senado fazer o trabalho do Senado."

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Aguinaldo Ribeiro conversou com jornalistas na saída do encontro com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na sede da pasta. Também participou do encontro a senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB).

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Antes da reunião, Alckmin afirmou que a reforma tributária deve passar por "pequenos ajustes" no Senado, mas que a medida está "bastante redonda".


De acordo com Ribeiro, ainda não há definição sobre quem vai relatar a reforma tributária no Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apenas o parabenizou pela relatoria na Câmara, mas não entrou em detalhes, segundo o deputado.

"Só recebi parabéns [dos senadores], muita gente parabenizando. Pacheco me deu um telefonema de parabéns", afirmou Aguinaldo Ribeiro.


Pelo Twitter, Geraldo Alckmin disse ter "externado" ao deputado o "otimismo com esse novo capítulo da história brasileira, para estimular nossa indústria e gerar empregos em todos os setores da economia".

O vice-presidente também destacou a importância da vitória para o país e para o governo. "Foram mais de 25 anos tentando aprovar uma reforma tributária no Brasil. Sua aprovação na Câmara, em apenas seis meses, mostra a legitimidade do governo Lula e a sensibilidade de nosso Congresso."

"[A reunião com o vice-presidente] foi mais uma palavra de reconhecimento, pelo trabalho na relatoria, me parabenizando, porque é uma reforma difícil de aprovar no Brasil, em um momento tão importante para nosso país. [Foi uma] palavra de estímulo, para que continuemos trabalhando e tenhamos a reforma aprovada também no Senado", completou Aguinaldo Ribeiro.

Entenda a reforma tributária

A mudança no sistema tributário do país prevê, num primeiro momento, alterações nos impostos que incidem sobre o consumo. O texto determina a substituição de cinco taxas:

• PIS, Cofins e IPI (tributos federais) — por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; e

• ICMS (tributo estadual) e ISS (tributo municipal) — por um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será administrado por estados e municípios.

A proposta aprovada também prevê três alíquotas para o futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA):

• alíquota geral;

• alíquota 50% menor para atividades como transporte público, medicamentos, produtos agropecuários in natura, serviços médicos e de educação; e

• alíquota zero para alguns medicamentos e para setores como saúde, educação, transporte público e produtos do agronegócio.

Além disso, a cesta básica nacional de alimentos também foi incluída na alíquota zero. De acordo com o texto, fica instituída a Cesta Básica Nacional de Alimentos, "em observância ao direito social à alimentação, cujos produtos poderão ter redução de alíquota a zero". A lei complementar definirá os produtos destinados à alimentação humana que vão compor a cesta e ter alíquota zero.

Segundo a proposta, o período de transição para unificar os tributos vai durar de 2026 a 2032. A partir de 2033, os impostos atuais serão extintos. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o relator do texto, propõe o início da transição para 2026. Nessa etapa, o IVA federal terá alíquota de 0,9%, e o IVA estadual e municipal, de 0,1%.

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