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Todas as favelas do Brasil agora têm CEP; veja o que isso muda na prática

Programa ‘CEP para Todos’ leva endereçamento oficial a mais de 12 mil comunidades

Brasília|Joice Gonçalves, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Governo Federal atribui CEP a 12.348 favelas e comunidades urbanas no Brasil.
  • Programa "CEP para Todos" visa assegurar dignidade e acesso a serviços básicos.
  • Mais de 16,3 milhões de pessoas, predominantemente pretas e pardas, agora têm endereçamento oficial.
  • Próxima fase inclui mapeamento interno das comunidades e nomeação de logradouros.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Várias pessoas participaram do anúncio durante o evento. Divulgação/MCid.09.10.2025

O governo federal anunciou nessa quarta-feira (8) que todas as 12.348 favelas e comunidades urbanas do país passam a contar com um CEP (Código de Endereçamento Postal).

O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante o seminário “Da Moradia ao Território: reconhecendo as periferias brasileiras”. Segundo ele, o CEP representa mais do que um número.


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“Ter CEP é possibilitar dignidade. É permitir que famílias tenham acesso a serviços básicos, como um posto de saúde próximo de casa. Essa é uma dívida histórica que está sendo reparada”, afirmou o ministro.

Como o programa funciona?

O Programa CEP para Todos é uma parceria entre o Ministério das Cidades, o Ministério das Comunicações (por meio dos Correios) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele foi lançado em novembro de 2024 dentro do Programa Periferia Viva e tinha como meta garantir ao menos um CEP para cada favela do país até 2026.


Mas o objetivo foi alcançado com mais de um ano de antecedência. Agora, comunidades de 656 cidades passam a ter endereçamento oficial. Juntas, elas abrigam 16,3 milhões de pessoas, cerca de 8,1% da população brasileira. Dessas, 72,9% são pessoas pretas e pardas, segundo o IBGE.

Para o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões, o projeto é um marco de inclusão.


“Estamos corrigindo um erro de mais de 500 anos. O CEP é só o começo de uma política pública que quer garantir dignidade e visibilidade às favelas brasileiras.”

Próximas etapas

Com a Meta 1 concluída, o programa parte agora para a segunda fase: o mapeamento interno das comunidades. Essa etapa prevê identificar e nomear ruas, becos e vielas, para que cada logradouro também tenha seu próprio CEP.


O trabalho começa nos 59 territórios do Periferia Viva, que reúnem mais de 300 favelas. A última etapa será garantir o atendimento físico dos Correios com postos e agências em 100 comunidades selecionadas em todo o país.

Por que isso importa?

Ter um CEP significa muito mais do que receber correspondência. Ele facilita o acesso a serviços públicos, entregas, atendimento médico, inclusão em cadastros e programas sociais além de representar reconhecimento e cidadania para milhões de brasileiros que, até agora, viviam “fora do mapa”.

“Ver esse trabalho concretizado é uma honra. É a política pública chegando a quem realmente precisa”, concluiu o secretário Guilherme Simões.

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