Todas as favelas do Brasil agora têm CEP; veja o que isso muda na prática
Programa ‘CEP para Todos’ leva endereçamento oficial a mais de 12 mil comunidades
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O governo federal anunciou nessa quarta-feira (8) que todas as 12.348 favelas e comunidades urbanas do país passam a contar com um CEP (Código de Endereçamento Postal).
O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante o seminário “Da Moradia ao Território: reconhecendo as periferias brasileiras”. Segundo ele, o CEP representa mais do que um número.
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“Ter CEP é possibilitar dignidade. É permitir que famílias tenham acesso a serviços básicos, como um posto de saúde próximo de casa. Essa é uma dívida histórica que está sendo reparada”, afirmou o ministro.
Como o programa funciona?
O Programa CEP para Todos é uma parceria entre o Ministério das Cidades, o Ministério das Comunicações (por meio dos Correios) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele foi lançado em novembro de 2024 dentro do Programa Periferia Viva e tinha como meta garantir ao menos um CEP para cada favela do país até 2026.
Mas o objetivo foi alcançado com mais de um ano de antecedência. Agora, comunidades de 656 cidades passam a ter endereçamento oficial. Juntas, elas abrigam 16,3 milhões de pessoas, cerca de 8,1% da população brasileira. Dessas, 72,9% são pessoas pretas e pardas, segundo o IBGE.
Para o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões, o projeto é um marco de inclusão.
“Estamos corrigindo um erro de mais de 500 anos. O CEP é só o começo de uma política pública que quer garantir dignidade e visibilidade às favelas brasileiras.”
Próximas etapas
Com a Meta 1 concluída, o programa parte agora para a segunda fase: o mapeamento interno das comunidades. Essa etapa prevê identificar e nomear ruas, becos e vielas, para que cada logradouro também tenha seu próprio CEP.
O trabalho começa nos 59 territórios do Periferia Viva, que reúnem mais de 300 favelas. A última etapa será garantir o atendimento físico dos Correios com postos e agências em 100 comunidades selecionadas em todo o país.
Por que isso importa?
Ter um CEP significa muito mais do que receber correspondência. Ele facilita o acesso a serviços públicos, entregas, atendimento médico, inclusão em cadastros e programas sociais além de representar reconhecimento e cidadania para milhões de brasileiros que, até agora, viviam “fora do mapa”.
“Ver esse trabalho concretizado é uma honra. É a política pública chegando a quem realmente precisa”, concluiu o secretário Guilherme Simões.
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