Toffoli prorroga inquérito sobre ofensas ao ministro Alexandre de Moraes em Roma
O magistrado retirou nesta quarta-feira (4) o sigilo da ação, com exceção das imagens da agressão no aeroporto italiano
Brasília|Plínio Aguiar e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta quarta-feira (4) o inquérito sobre as ofensas ao ministro Alexandre de Moraes em Roma, na Itália. O magistrado retirou o sigilo da ação, com exceção do das imagens da agressão no aeroporto italiano. Os suspeitos são os empresários Roberto Mantovani Filho e Andreia Mantovani.
A medida atende a um pedido da Polícia Federal (PF), que solicitou prazo maior para a conclusão das investigações sobre as ofensas e as agressões contra Moraes e sua família, ocorridas em julho deste ano, no aeroporto de Roma. A corporação alega que é necessário mais tempo para concluir a análise das imagens enviadas pelas autoridades italianas.
Toffoli retirou o sigilo dos autos, mantendo-o apenas em relação às imagens, que ficarão disponíveis somente para as partes e para analistas ou peritos indicados pela PF, para eventuais diligências complementares. A liberação dependerá de autorização prévia do relator.
"A divulgação de imagens, fotos ou mesmo dados de pessoas suspeitas apenas se mostra fundamental na persecução penal, quando o autor do delito ainda não foi identificado ou quando se encontra foragido. Não é o caso dos autos, em que identificadas potenciais vítimas e agressores", disse o ministro na decisão.
Em depoimento à PF, Moraes, a esposa e os filhos afirmaram que as ofensas e as agressões sofridas pela família no aeroporto internacional de Roma tiveram motivação política e ocorreram com o intuito de causar constrangimento ao magistrado. A defesa dos agressores nega ter havido um empurrão e cita desentendimento.
"Ele disse que, em razão de ofensas que eram proferidas a sua esposa, ele afastou essa pessoa, que ele nem sequer sabia quem era. Mas o indivíduo já fazia ofensas bastante pesadas e muito desrespeitosas a sua mulher", afirmou a defesa.