Tragédias não podem ser tratadas como investimento, diz Barroso sobre acordo de Mariana
A declaração foi dada em cerimônia da assinatura do acordo relativo ao rompimento da barragem em 2015
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (25) que tragédias como não podem ser tratadas como investimento financeiro. A declaração foi dada em cerimônia da assinatura do acordo relativo ao rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015. O valor total dos repasses será de R$ 170 bilhões, que serão pagos ao longo de 20 anos.
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“Tragédias não podem ser tratadas como investimento financeiro, não faz bem a causa da humanidade a monetização da desgraça, portanto nós estávamos aqui preocupados com as pessoas e com a reparação ambiental e acho que conseguimos levar a bom termo”, disse Barroso.
O rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015, foi o maior desastre ambiental do país. A tragédia matou 19 pessoas e atingiu, direta ou indiretamente, 49 municípios.
Na quinta-feira (24), Barroso transferiu para a Suprema Corte a celebração do acordo, entre a União e a Vale, sobre a repactuação dos danos causados pelo rompimento da barragem.
O procedimento pretende encontrar um consenso dos conflitos recorrentes de uma das maiores tragédias ambientais do Brasil. Na prática, o acordo assinado não será mais homologado pelo TRF-6 (Tribunal Regional da 6ª Região) .