TRE-DF coloca urnas eletrônicas à disposição do Rio Grande do Sul para eleições de outubro
Oferta foi feita em reunião com a nova presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia; também foi discutido o combate à desinformação
Em reunião com a recém-empossada presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, o TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) afirmou que colocaria as urnas eletrônicas à disposição do Rio Grande do Sul para eleições de outubro. O estado foi fortemente atingido por enchentes e chuvas que ocorrem desde o final de abril.
Leia Mais
Dados divulgados pela Defesa Civil gaúcha às 9h desta terça-feira (4) mostram que 172 pessoas morreram nas enchentes, enquanto 44 estão desaparecidos. Há também 806 feridos. Ao todo, 476 municípios e 2.392.686 pessoas foram afetadas.
Na mesma reunião, que contou com a presenta de presidentes de outros tribunais regionais eleitorais, foram debatidos temas como nomeação dos juízes eleitorais para manutenção completa do quadro de magistrados, a necessidade de cuidado com a segurança das instalações, dos equipamentos, dos juízes e servidores durante as eleições e sobre a segurança da informação e o combate à desinformação.
A ministra Cármen Lúcia tomou posse como presidente do TSE na noite desta segunda-feira (3), em sessão solene no plenário da corte, em Brasília. Na ocasião, o ministro Nunes Marques assumiu a vice-presidente do tribunal. Os magistrados serão responsáveis por conduzir as eleições municipais deste ano, que ocorrerá em 6 e 27 de outubro (1º e 2º turnos, respectivamente).
Em seu discurso, Cármen Lúcia referiu-se à “mentira digital” como insulto à dignidade do ser humano. Ela ressaltou os prejuízos causados pela desinformação propagada nas redes sociais, sobretudo em períodos eleitorais. Para a presidente do TSE, empregar as redes para espalhar fake news é um instrumento de covardes. “Contra o vírus da mentira, há o remédio eficaz da informação séria”, afirmou.
A ministra ressaltou a importância do eleitorado para a solidez da democracia, por meio da participação no processo eleitoral. “O Poder Judiciário, hoje e sempre, atua para honrar cada eleitora, cada eleitor, mantendo a confiança na cidadania brasileira plena reconquistada nesses últimos 40 anos. Só pela confiança no outro ser humano é que se constrói uma pátria democrática”, disse Cármen Lúcia.