Trump critica condução da ONU frente a guerras e diz que ele é responsável por mediar conflitos
Presidente também focou parte do discurso na questão da imigração no país, argumentando que o fluxo está ‘destruindo’ nações
Internacional|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a administração da organização e disse ser responsável por mediar e terminar sete conflitos ao redor do mundo. Em um discurso focado na própria gestão, o líder norte-americano também condenou a gestão do ex-presidente Joe Biden e disse que os EUA estão vivendo a “era dourada”.
“Qual é o propósito das Nações Unidas? Na maioria dos casos, pelo menos por enquanto, tudo o que parecem fazer é escrever uma carta com palavras muito fortes e nunca dar seguimento a essa carta. São palavras vazias, e palavras vazias não resolvem guerras”, disse.
Na sequência, o presidente voltou a comentar sobre o desejo de ganhar o prêmio Nobel da Paz, concedido para a pessoa que tenha feito o maior ou o melhor trabalho pela fraternidade entre nações e manutenção da paz.
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Na abertura do evento, representantes da ONU discursaram sobre temas relacionados a paz, segurança, redução das emissões de carbono e fortalecimento do multilateralismo, como o conflito em Gaza e na Ucrânia, além de destacarem o papel da organização em crises e eventos globais.
Imigrantes
Trump também focou parte do discurso na questão da imigração no país e no mundo. Para ele, o fluxo migratório estaria “destruindo nações”. Ele voltou a criticar a atuação da ONU no assunto, afirmando que a organização “causa mais problema do que resolve”.
“É hora de acabar com o experimento fracassado das fronteiras abertas. Vocês precisam acabar com isso agora. Sou muito bom nisso”, completou.
Desde o início do mandato, o líder americano tem focado em políticas anti-imigração, prometendo medidas mais duras no sistema de entrada do país.
Como funciona a Assembleia?
Anualmente, a assembleia realiza reuniões em sessões regulares de setembro a dezembro, onde são tratados assuntos específicos da agenda, que levam à adoção de resoluções com poder político, mas não de lei. Já os encontros com os chefes de Estado acontecem no final de setembro.
A tradição do Brasil em abrir o Debate Geral é uma honraria, não institucionalizada, concedida ao país após a participação do diplomata brasileiro Oswaldo Aranha na assembleia. Aranha foi um dos principais responsáveis pela aprovação da resolução que previa a partilha da Palestina e a criação do Estado de Israel.
A disposição dos assentos no Salão da Assembleia Geral muda a cada sessão. Este ano, por exemplo, o Níger ocupará o primeiro assento no Salão, incluindo nas Comissões Principais (seguido por todos os outros países, em ordem alfabética em inglês).
Entre as decisões importantes feitas na assembleia estão:
- Nomeação do secretário-geral da ONU com base na recomendação do Conselho de Segurança.
- Eleger os membros não permanentes do Conselho de Segurança.
- Aprovar o orçamento da ONU.
O Conselho de Segurança é um dos principais órgãos da ONU, formado por cinco membros permanentes e dez membros rotativos, ele tem por objetivo decidir sobre questões de guerra e paz, como a imposição de sanções contra países e a autorização de intervenções militares.
No caso do Conselho, as resoluções são vinculantes — ou seja, têm força de lei, e o descumprimento acarreta sanções.
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