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União Brasil começa conversas com MDB e PSDB para federação

Dirigentes dos três partidos se reuniram em Brasília para discutir se formam aliança com duração de 4 anos

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Presidentes de MDB, União Brasil e PSDB durante reunião em Brasília (DF)
Presidentes de MDB, União Brasil e PSDB durante reunião em Brasília (DF)

Os presidentes de União Brasil, MDB e PSDB reuniram-se em Brasília, nesta terça-feira (15), para negociar a construção de uma federação partidária entre as três legendas para as eleições deste ano.

Foi o primeiro encontro dos partidos para tratar do tema desde que o STF (Supremo Tribunal Federal) regulamentou a formação de federações. Segundo os dirigentes das siglas, a conversa desta terça-feira não teve caráter definitivo, mas serviu para que os partidos demonstrassem que estão dispostos a construir uma aliança.

“Hoje demos um passo de maturidade relevante. Há uma clara disposição dessas forças políticas construírem um projeto que possam apresentar ao Brasil, a possibilidade de uma candidatura que torne viável, com o conjunto dessas forças políticas, algo para furar esse cerco dessa polarização que não tem feito bem ao país”, disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo.

"Estamos cada vez mais convictos de que essa é a melhor solução para o país, que é ter uma força democrática que defenda as instituições, que defenda o estado de direito e que possa contar, debaixo desse guarda-chuva, todos quantos forem possível juntar-se para que a gente dê ao brasil essa sustentação", reforçou o presidente do União Brasil, Luciano Bivar.


Problemas

Segundo os políticos, uma das maiores dificuldades será construir acordos entre os três partidos nos estados e municípios, visto que em muitos locais do país as legendas são rivais. De todo modo, de acordo com o presidente do MDB, Baleia Rossi, os partidos têm mais convergências do que divergências e conseguirão superar esse empecilho.

"Nós vamos ter novas conversas com os líderes de cada um dos partidos, porque o objetivo principal é a gente apresentar um projeto e ter a convicção de que os três partidos unidos são muito fortes. Sinalizamos para a população brasileira que vamos apresentar um projeto robusto de país. Quanto às dificuldades que aparecerem, vai da capacidade dos líderes dialogarem e buscarem soluções para elas. Estamos imbuídos nessa condição de dialogar o máximo para buscar a convergência."


Além disso, a eventual federação terá de escolher apenas um candidato à presidência da República. Hoje, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) se colocam como pré-candidatos.

Contudo, Bruno Araújo disse que todas as candidaturas dos partidos estarão submetidas à autoridade da futura federação. "As candidaturas postas por cada um dos partidos são legítimas, mas a partir desse momento, com todos nós trabalhando pela convergência de uma candidatura única, elas estão submetidas à autoridade de um consenso construído pelas forças políticas."


Consenso até 15 de março

Os presidentes disseram que querem definir até a primeira quinzena de março os pontos cruciais para a junção das siglas. "Definimos o dia 15 de março porque cada partido precisa se organizar nos estados. Vamos continuar o diálogo para que essa união realmente aconteça", destacou Baleia Rossi. "A primeira quinzena de março é um período factível para a gente ter um mapeamento do quanto é possível avançar, de fato chegar no entendimento como federação", acrescentou Bruno Araújo.

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Segundo o presidente do PSDB, "há posições que são estratégicas nessa construção e avaliamos que íamos mantê-las o mais contidas possível para tentar superá-las com o máximo de serenidade e tranquilidade".

Caso a federação não saia do papel, Luciano Bivar comentou que os partidos buscarão outra forma de fazer uma aliança. "Todos estamos imbuídos nessa confluência democrática. Se por acaso for inexequível devido às peculiaridades que tem em cada partido, vamos ver outra forma que a gente mantenha esse espírito de comunhão dessas forças democráticas."

Os partidos terão até 31 de maio para formalizar a criação da federação. Caso os partidos decidam formar o conjunto, nenhum deles poderá deixar a aliança nos próximos quatro anos. Se alguma legenda sair da federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário pelo período remanescente.

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