Vacinação de poliomielite termina nesta sexta; DF vacinou 33% do público
Crianças entre 1 e 4 anos devem tomar a dose; o Distrito Federal vacinou 33,1% do público-alvo; a meta era imunizar 95%
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite termina nesta sexta-feira (30). No Distrito Federal, o público-alvo da ação são 160,2 mil crianças entre 1 e 4 anos. Com 53 mil doses aplicadas em quase dois meses da ação, a cobertura vacinal atingiu 33,1% dos elegíveis à imunização.
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Os imunizantes estão disponíveis em 120 pontos de vacinação. O objetivo da campanha é ampliar a cobertura vacinal, que está em queda. Nos últimos três anos, o Distrito Federal não alcançou a meta. No ano passado, por exemplo, a cobertura vacinal foi de 72,7%; em 2020, o índice chegou a 82,3%; e, em 2019, a 83,3%.
Diante da baixa adesão deste ano, o Ministério da Saúde prorrogou o fim da campanha, que estava programado, inicialmente, para 9 de setembro.
A poliomielite é transmitida por vírus e se caracteriza por um estado de paralisia que pode começar subitamente e acomete, sobretudo, as pernas. Crianças e adultos podem se infectar pelo contato com fezes e secreções expelidas pela boca de pessoas contaminadas.
A única forma de prevenir a contaminação é pela vacinação, que é feita de duas formas: oral ou injetável. A vacina inativada poliomielite (VIP) injetável é indicada em três doses para bebês, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Já o reforço oral é ministrado em duas doses: aos 15 meses e a partir dos 4 anos.
O último caso isolado de infecção pelo vírus da pólio foi registrado no país em 1989. No entanto, a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) faz um alerta de que o Brasil é um dos países que apresentam o maior risco de reintrodução da doença.
Multivacinação
Além da campanha de vacinação contra a poliomielite, a Secretaria de Saúde do DF também promove a multivacinação, para que crianças e adolescentes de até 15 anos com doses atrasadas de vacinas do Calendário Nacional tenham as cadernetas atualizadas. A pasta contabilizou pelo menos 395,9 mil jovens com esquemas vacinais incompletos.