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Veja: o que a Justiça apontou para prisão de Maxwell, envolvido no assassinato de Marielle Franco

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24) que Élcio Queiroz fez uma delação premiada à Justiça

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018
Vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018

Em decisão que embasou a operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro para prender o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, por suspeita de envolvimento nos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o juiz do caso apontou que após o crime, Maxwell teria admitido ao colaborador Elcio Queiroz estava na missão de execução de Marielle há muito tempo.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24) que Élcio Queiroz, um dos presos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fez uma delação premiada à Justiça.

Segundo a decisão, a partir da quebra de sigilo de dados de "nuvem", teria ficado comprovada a utilização de tal aplicativo de mensagens instantâneas criptografadas por parte de Ronnie Lessa e Elcio. O relato da passagem de Ronnie Lessa para o banco de trás do veículo, horas antes do crime, teria sido confirmado pelo relatório de imagens preliminares da Delegacia de Homicídios de 26 de março de 2018 identificando balanço anormal no carro e um braço no vidro traseiro", disse a magistrada.

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Ainda de acordo com a decisão, Ronnie teria usado o celular para consultar eventuais fiscalizações policiais.

"O colaborador relatou, ainda, que Ronnie lhe disse que Marielle poderia estar a caminho de um bar cuja dona teria sido agraciada com uma medalha na Câmara. Postagem em rede social revela a ligação de Marielle com Dona Dida, proprietária do bar para onde Marielle estaria indo, corroborando, em tese, a informação do colaborador sobre a vigilância que Ronnie Lessa estaria fazendo de seu alvo". 

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No dia seguinte, de acordo com a delação, os três teriam se encontrado para se livrar do veículo e os que os comparsas estariam com outra placa em mãos e trocaram. Além disso, fizeram varredura para tirar qualquer vestígio do carro.

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O juiz afirmou que a prisão é imprescindível, "havendo dado concreto a indicar que ele estaria, ao longo dos anos ocultando provas ou, ao menos, continuando a delinquir, pelo que necessária a prisão provisória também para a manutenção da ordem pública, impedindo a reiteração delitiva.

"As ações imputadas são contemporâneas com o pedido ministerial de prisão, pois, como dito, teriam ocorrido não só em atos preparatórios, mas em uma série de condutas nos anos subsequentes, visando, possivelmente, se esquivar da aplicação da lei penal, outro requisito da prisão preventiva". 

Além do mandado de prisão preventiva, os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.

Suel já havia sido preso em 2020, na operação Submersus 2, por suspeita de atrapalhar as investigações sobre a morte de Marielle. De acordo com as investigações, ele teria ajudado a sumir com as armas usadas no crime.

Morte de Marielle Franco

Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco foi assassinada no centro da cidade junto com o motorista Anderson Gomes. carro em que Marielle estava — e que era conduzido por Anderson — foi alvejado por 13 tiros.

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