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Veja postagens do clã Bolsonaro e aliados citadas por Moraes ao justificar prisão do ex-presidente

Ministro do Supremo impôs novas restrições ao ex-presidente após violações reiteradas de medidas judiciais

Brasília|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro devido a violações de medidas judiciais.
  • Postagens de familiares e aliados foram citadas como tentativas de obstruir a Justiça e coagir o STF.
  • Bolsonaro enfrentou novas restrições, incluindo proibições de comunicação e visitas, com risco de prisão preventiva em caso de novas infrações.
  • Moraes destacou a continuidade de práticas ilícitas que desrespeitam a soberania nacional e advertiu sobre as consequências legais para Bolsonaro.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Moraes usou como exemplo ligação de Bolsonaro para o filho Flávio durante manifestação Lula Marques/Agência Brasil - 26.03.2025

Na decisão que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), citou postagens feitas por familiares e aliados do ex-chefe do Executivo nas redes sociais. Para Moraes, as condutas como tentativa deliberada de obstruir a Justiça e coagir a Corte.

O documento resultou de uma série de episódios considerados graves pela Justiça, envolvendo desobediência, uso indevido de redes sociais e tentativas de pressionar instituições.


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Na decisão, o ministro citou ocasiões em que postagens serviram para descumprir as obrigações impostas a Bolsonaro. Veja abaixo:

Publicações do clã Bolsonaro

O ministro menciona postagens feitas pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, pelo senador Flávio Bolsonaro e pelo vereador Carlos Bolsonaro.


Entre os exemplos citados, a publicação, no Instagram, de uma postagem do ex-presidente durante uma ligação com Flávio Bolsonaro no último domingo (3). Na gravação, Bolsonaro se dirige aos manifestantes que estavam em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro participa por telefone de manifestação Reprodução/STF - 04.08.2025

O conteúdo foi compartilhado no perfil de Flávio e depois removido. Moraes afirmou que essa atitude revela um “claro intuito de omitir o descumprimento das medidas cautelares”.


Já Carlos Bolsonaro publicou na rede social X uma foto do ex-presidente com uma mensagem na qual incentiva os seguidores a acompanharem o perfil do ex-presidente.

O ministro destacou que essa ação foi feita mesmo com Carlos “ciente das medidas cautelares” impostas ao pai, incluindo a proibição do uso das redes sociais.


Perfil de Carlos Bolsonaro publica imagem do pai acompanhada do pedido para seguirem perfil dele Reprodução/STF - 04.08.2025

Foram divulgadas no YouTube falas do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, nas quais ele se dirige aos manifestantes e menciona sanções contra ministros do STF.

Print de publicações de Eduardo Bolsonaro em manifestação no domingo Reprodução/STF - 04.08.2025

Também nas manifestações do dia 3 de agosto, houve uma ligação entre o deputado Nikolas Ferreira e Bolsonaro, quando Nikolas transmitiu uma chamada de vídeo do ex-presidente para os manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo.

Segundo Moraes, os apoiadores políticos de Bolsonaro utilizaram as falas e a participação do réu para a “propagação de ataques e impulsionamento dos manifestantes com a nítida intenção de pressionar e coagir” o STF.

Entre as novas restrições a Bolsonaro estão o veto total a visitas — exceto advogados constituídos —, proibição de celulares, gravações e qualquer forma de comunicação com embaixadores ou demais investigados.

Moraes reiterou que qualquer nova violação resultará no decreto imediato da prisão preventiva, conforme prevê o Código de Processo Penal.

Primeiras medidas cautelares

As primeiras medidas cautelares, impostas em julho, incluíam tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e aos fins de semana, e proibição de acesso a embaixadas e de uso de redes sociais.

Apesar das determinações, Bolsonaro foi citado em transmissões feitas por aliados, como os parlamentares Flávio Bolsonaro e Nikolas Ferreira, nas quais discursou contra o STF, mencionou apoio internacional e defendeu manifestações com teor político.

Tais episódios ocorreram após advertências claras de que entrevistas, discursos ou vídeos veiculados por terceiros também configurariam descumprimento.

O ministro Moraes classificou as ações como “continuação de práticas ilícitas” e destacou o uso de conteúdo pré-produzido para incitar apoiadores, pressionar instituições e estimular intervenção externa em assuntos internos, afrontando diretamente a soberania nacional.

No despacho, o magistrado frisou que a Justiça brasileira “não é tola” e alertou: “O réu que desrespeita medidas cautelares deve sofrer as consequências legais”.

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