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Vice-premiê da Itália visitará Zambelli na prisão, diz defesa

Aliado de Giorgia Meloni, Matteo Salvini deve ir ao local nesta quinta-feira (31). Ele é líder do partido ‘Liga’ e contra a imigração

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Salvini também é ministro de Transportes e Infraestrutura e uma das principais figuras políticas de direita na Itália Reprodução/Wikimedia Commons

O vice-premiê da Itália, Matteo Salvini, vai visitar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), na prisão, em Roma, Itália. De acordo com o advogado da parlamentar, Fabio Pagnozzi, o encontro deve acontecer nesta quinta-feira (31).

A ação ocorre após o líder do PL (Partido Liberal), Sóstenes Cavalcante, oficiar a premiê italiana, Giorgia Meloni, e Salvini, pedindo que o país conceda asilo político e negue o pedido de extradição da parlamentar brasileira.


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Na terça-feira (29), a parlamentar foi presa pela polícia italiana em um apartamento em Roma. A defesa afirma que ela se entregou, o que difere da versão da PF (Polícia Federal).

Salvini também é ministro de Transportes e Infraestrutura e uma das principais figuras políticas de direita na Itália. Ele é líder do partido “Liga”, e é contra a imigração.


Agora, a deputada aguarda o processo de extradição ser aprovado ou negado pelo Ministério da Justiça italiano. O Brasil possui acordos internacionais com o país, mas a defesa considera que a deputada deve permanecer na Itália.

Na sexta-feira (1°), Zambelli passará por audiência de custódia, onde poderá ser liberada, mantida presa no local ou em prisão domiciliar. O advogado disse não saber se a deputada está, neste momento, em uma cela separada ou conjunta, pois, no país, ela não é autoridade.


“Ontem, ela estava em uma sala”, contou Pagnozzi ao R7.

‘Perseguição’

Nos documentos, o líder do PL alega que Zambelli sofreu “perseguição política” do governo e do STF (Supremo Tribunal Federal) e pede para que a deputada receba asilo político.


“Ela representa a figura da mulher brasileira conservadora de direita que luta pelos valores da família e por uma democracia justa e livre. No entanto, a deputada Carla Zambelli e outros parlamentares conservadores de direita, incluindo os do Partido Liberal (PL), do qual sou líder, têm sido alvo de perseguição política”, afirma Sóstenes.

Condenação

A parlamentar estava foragida desde o início de junho, quando saiu do Brasil semanas após ser condenada pelo STF a dez anos de prisão, perda do mandato de deputada e ao pagamento de multa de R$ 2 milhões por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Diferentemente do STF, a Câmara não declarou a perda do mandato de Zambelli, mas submeteu a decisão ao crivo dos deputados. O Supremo entende que, como a prisão da parlamentar é em regime fechado, ela faltaria às sessões do plenário e, consequentemente, perderia o mandato. Por isso, determinou que a Mesa Diretora já declare a perda.

Deputada ficou um mês foragida

A parlamentar estava foragida desde o início de junho, quando saiu do Brasil semanas após ser condenada a dez anos de prisão, perda do mandato de deputada e ao pagamento de multa de R$ 2 milhões por determinação do STF.

O nome de Zambelli tinha sido incluído na lista de difusão vermelha da Interpol por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Essa lista funciona como um alerta para polícias de todo mundo sobre fugitivos procurados internacionalmente.

Depois que a deputada anunciou ter saído do Brasil, o STF concluiu o julgamento contra ela pela invasão aos sistemas do CNJ e decretou o trânsito em julgado do caso, impedindo que Zambelli apresente novos recursos contra a decisão.

Com o fim do julgamento, Moraes determinou que o governo brasileiro pedisse a extradição da deputada.

Zambelli informou que deixou o Brasil para tratar de questões de saúde e lutar pela liberdade de expressão.

Antes de ir para a Itália, a deputada passou pelos Estados Unidos. Zambelli alega ter cidadania italiana e acreditava estar a salvo da Justiça brasileira no país europeu.

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