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R7 Brasília

Vítima de estupro no DF diz que precisou insistir para PM prender suspeito; leia o relato

Motorista de aplicativo ficou sob o poder do agressor, mas conseguiu escapar saltando do carro; caso aconteceu no DF

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Violência contra a mulher
Violência contra a mulher

A motorista de aplicativo que foi estuprada por um assaltante teve que insistir para que testemunhas e policiais militares acreditassem nela. O crime aconteceu na madrugada deste sábado (25). A mulher pegou um passageiro no Gama com destino ao Riacho Fundo 2, duas cidades do Distrito Federal. No meio do caminho, porém, ele anunciou o assalto.

O criminoso mandou que a motorista desviasse o caminho e a levou para um setor de chácaras próximo a BR-040, em direção à Marinha. No local, ele abusou sexualmente da vítima e depois assumiu a direção do veículo. Inicialmente, ele disse que a mataria, mas, depois, ficou rodando com a mulher por Riacho Fundo 2 e dizendo que ia deixá-la em algum lugar.

A mulher conseguiu impedir que o criminoso tivesse acesso ao celular dela e também escondeu o celular do criminoso debaixo do tapete do carro para que ele não deletasse informações como o chamado da corrida e ela pudesse comprovar o crime. Ainda assim, o homem disse a policiais e testemunhas que a viram saltar do carro que ele e a vítima seriam namorados.

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Segundo relato da mulher, ela tentou saltar do carro do agressor em mais de uma ocasião. Na primeira delas, ele entrou em uma rua onde havia um posto da Polícia Militar e um bar lotado. O criminoso a segurou pela roupa e ela chegou a raspar o pé no asfalto, se ferindo. O motorista de um carro preto viu a cena e decidiu acompanhar o veículo da vítima.


O motorista perguntou se estava tudo bem, mas o criminoso disse que a mulher seria sua namorada e que ela estaria sob o efeito de drogas. Nesse momento, a vítima conta que não teve como reagir e o homem que fez o questionamento acabou indo embora. Minutos depois, porém, a mulher viu outra oportunidade de tentar fugir.

Pedido de socorro

A chance apareceu quando o criminoso devolveu o celular dela para que ela desbloqueasse o aparelho para ele. "Eu olhei para cara dele e falei: o meu celular você não leva. Eu peguei o celular e arremessei pela janela, e aí foi quando eu abri a porta e pulei. E ai, já comecei a gritar muito alto socorro, socorro, assalto, assalto”, contou.


Pessoas começaram a aparecer e impediram que o homem fosse embora com o carro. Novamente, ele começou a dizer que era namorado da vítima e que ela estaria sob efeito de entorpecentes. As testemunhas exitaram, mas chamaram a Polícia Militar.

A viatura veio%2C o policial ainda ficou lá%2C conversando com ele. Ele sustentando a versão de que eu era namorada dele. Aí%2C teve uma hora que fiquei muito irritada. Eu comecei a gritar com os policiais perguntando porque que ninguém tinha prendido ele ainda%2C porque ainda estavam conversando com ele. Ele estava solto%2C ele podia sair correndo a qualquer momento

(Vítima de assalto e estupro)

Um dos policiais ainda perguntou para a mulher se ela teria ingerido bebida alcoólica. Foi quando a vítima disse que era motorista de aplicativo e tinha como provar pelo o celular e o aplicativo. Pediu que os policiais o prendessem e que fossem todos para a delegacia. “Foi na hora que o policial foi lá e deu a voz de prisão e botou ele no camburão”, contou por mensagem de áudio.


A vítima afirmou a pessoas próximas que sempre pede para gravar as viagens. Ela quer que a empresa de transporte particular de passageiros disponibilize a gravação para auxiliar nas investigações e manter o suspeito preso. O caso está a cargo da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). 

Por meio de nota, a Polícia Militar destacou que os policiais ouviram todas as partes, e que cabe à Polícia Civil apurar os depoimentos. "As duas partes foram escutadas e imediatamente conduzidas para à DP. Não compete aos policiais tomarem lado de alguma das partes uma vez que a ocorrência não foi flagrada pela equipe. Cabe aos policiais da 27ª DP apurarem a veracidade do depoimento de ambos", afirmou a corporação.

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