Sem alarde, mas chamando atenção para todos que passam no corredor principal, o McLaren Senna é um dos ‘foguetes’ protagonistas da 30ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo. Com um motor de 800 cv de potência, ele está protegido e não poderá ser tocado por 99,99% dos visitantes do maior evento automotivo da América Latina em 2018.
A boa notícia é que a Webmotors teve um contato exclusivo com o ‘monstro’ alguns dias antes e traz todos os detalhes no vídeo abaixo. É só soltar o play!
Pura performance
O McLaren Senna é muito fácil de explicar. Imagine um carro de altíssima performance, feito para competição nas principais pistas do mundo, homologado para as ruas. Então, é do superesportivo inglês de quem estamos falando.
Com um motor traseiro-central 4.0 V8 biturbo a gasolina de 800 cv de potência máxima e torque de 81,6 kgf.m, o Senna acelera de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 segundos; de 0 a 200 km/h em 6,8 segundos; e de 0 a 300 km/h em 18,8 segundos. A velocidade máxima, de acordo com a McLaren, é de 335 km/h. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e sete marchas. A tração, para nossa alegria, é traseira.
Velocidade x conforto
Um dos pontos que chama a atenção do McLaren Senna é o design completamente funcional. O compromisso não foi, em nenhum momento do projeto, com a estética, mas com a eficiência. Aletas com funções aerodinâmicas, spoiler dianteiro enorme e aerofólio de fazer inveja a um Fórmula 1 estão por todas as partes do carro com a função de fazer o ‘rojão’ um devorador de curvas. A 250 km/h, a pressão aerodinâmica — força que o vento faz sobre o carro — é de 800 kg.
E esses recursos aerodinâmicos fazem todo o sentido, pois o McLaren Senna pesa menos de 1.200 kg — mais especificamente 1.198 kg. Este corpinho entrega ao ‘bólido’ uma relação peso potência de 1,5 kg/cv.
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Parte desta leveza está no compromisso da McLaren em não ligar a mínima para o conforto. Assim como a questão beleza foi colocada em último plano, o ponto conforto sequer foi mencionado nas reuniões da engenharia. O negócio é ser bruto. Quer um carro para passear? O Senna não é. Nenhuma preocupação com revestimentos requintados ou detalhes em materiais agradáveis ao toque. A fibra de carbono é aparente e não faz parte da ‘decoração’ do McLaren. Revestimento acústico? Nenhum! Se quer silêncio, não ligue um Senna, prefira a biblioteca.
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O McLaren Senna teve apenas 500 unidades produzidas e todas foram vendidas antes mesmo de o carro ser apresentado ao mundo. A única concessionária da fabricante inglesa no Brasil, presente na Zona Sul de São Paulo, revela que três unidades foram vendidas — o valor inicial é de R$ 8 milhões, mas dependendo da configuração feita pelo milionário comprador, o preço pode pular para até R$ 12 milhões. A unidade do vídeo, que é exatamente a mesma do Salão do Automóvel de São Paulo, ainda rodará o mundo em outros eventos, mas deverá ser a quarta unidade a permanecer em solo tupiniquim — mais precisamente sob a tutela do Instituto Ayrton Senna.