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Chacina em Sorriso: polícia suspeitou de crime após pai não ter encontrado filhas na escola

Pedreiro é o principal suspeito de estuprar e matar mãe e filhas em MT; ele foi indiciado por feminicídio e homicídio qualificado

Cidades|Do R7

Pai ligou para a escola para saber das filhas
Pai ligou para a escola para saber das filhas

De acordo com informações da Polícia Civil de Mato Grosso, o marido de Cleci Cardoso e pai de Miliane, Manuela e Melissa, assassinadas e estupradas em Sorriso na madrugada do sábado 25 de novembro, foi quem acionou os agentes, após não conseguir contato com a família. 

O homem era caminhoneiro e estava viajando a trabalho. O último contato com a mulher teria ocorrido na noite de sexta-feira (24) — poucas horas antes de a chacina acontecer. Ele teria mandado áudios para um amigo em que perguntava sobre a família.

"Eu estou desde sexta-feira à noite sem contato com a minha família, com a minha mulher, minhas filhas. Os telefones estão todos desligados, cara. Eu já estou ficando preocupado aqui. Eu mando mensagem, não me respondem. Eu ligo, não atendem, já vai direto para a caixa de mensagem", disse.

Preocupado por não ter notícias da família, o pai telefonou para a escola das filhas, mas foi informado da ausência delas, o que o fez acionar a polícia.


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Uma equipe da PM foi à casa da família e viu o veículo estacionado na garagem. Os cachorros estavam agitados no quintal. Após chamarem pelas moradoras e não terem resposta, os policiais entraram no local e viram pela porta de vidro duas pessoas caídas no chão, aparentemente sem vida.

O Corpo de Bombeiros fez inspeção na casa e identificou uma janela aberta, por onde um militar passou e depois abriu a porta da casa. Quando as equipes entraram, constataram que havia quatro vítimas mortas.

A Divisão de Homicídios da Delegacia de Sorriso assumiu a investigação e, após a coleta inicial de informações, acompanhou o exame pericial conduzido pela Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica).

Investigação

Foi verificado que o autor do crime entrou na residência pela janela do banheiro, iniciando em sequência o ataque às vítimas. Os peritos identificaram ainda impressões de sola de chinelo nas manchas de sangue no piso da residência.

Havia duas obras em construção ao lado da residência da família, e agentes descobriram que, entre os cinco trabalhadores do local, Gilberto dos Anjos era o único que dormia lá. Ao ser entrevistado pelos policiais, ele ficou nervoso e alegou não ter ouvido nenhum barulho na casa das vítimas durante o final de semana.

Questionado sobre onde dormia, ele apontou o piso superior da obra, que dava uma visão para a casa das vítimas. Ao vistoriar os pertences do suspeito, ele disse não ter calçados, mas os policiais civis encontraram um chinelo compatível com as marcas deixadas no piso da residência da família — logo confirmado se tratar do mesmo calçado.

Confrontado, Gilberto confessou que atacou as quatro vítimas. Depois de esfaquear a mãe e duas das filhas, ele cometeu abuso sexual contra elas. A caçula, de 10 anos, morreu asfixiada.

Prisão

Gilberto era reincidente em abuso sexual
Gilberto era reincidente em abuso sexual

O pedreiro Gilberto dos Anjos, de 32 anos, foi preso em flagrante, na segunda-feira (27 de novembro), após confessar o crime.

O inquérito foi fechado e encaminhado ao Poder Judiciário na quarta-feira (6 de dezembro). Ele foi indiciado por feminicídios, estupro e homicídio qualificado. 

O autor confesso dos crimes foi indiciado quatro vezes pelo homicídio das vítimas — a mãe, Cleci Cardoso, de 46 anos, e as filhas Miliane, de 19, Manuela, de 13, e Melissa, de 10. As qualificadoras são: meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, garantir a execução de outro crime e menosprezo à condição de mulher (feminicídio).

Contra as vítimas menores de idade, os homicídios receberam mais uma qualificadora, que é de crime cometido contra menor de 14 anos, previsto na Lei Henry Borel. Além dos homicídios qualificados, Gilberto foi indiciado pelos crimes de estupro de duas vítimas adultas e estupro de vulnerável da vítima de 12 anos.

Outros crimes

Gilberto já tinha dois mandados de prisão expedidos por crimes de estupro e latrocínio.

Em setembro deste ano, em Lucas do Rio Verde, Gilberto invadiu uma residência e abusou sexualmente de uma vítima, que estava dormindo. Depois disso, ele ainda tentou matar a mulher, que conseguiu reagir, mesmo após ter levado uma facada no pescoço.

Outra vítima que também estava na casa tentou intervir e foi atingida com um soco no rosto dado pelo suspeito. Após os crimes, o homem fugiu em uma bicicleta.

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