Curitiba termina a semana com transporte coletivo parado
Na quinta-feira, movimento de catraca livre gerou prejuízo de 2,5 milhões
Cidades|Do R7

Um dia após o inédito movimento de catraca livre, provocado pela greve de cobradores do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana e que gerou prejuízo de R$ 2,5 milhões, a população de Curitiba amanheceu nesta sexta-feira (27) com 100% do transporte paralisado. A justificativa do sindicato que representa as empresas é a de que os ônibus devem transitar com motoristas e cobradores — com exceção dos motoristas que têm função dupla — para ficar dentro dos critérios da lei.
Apesar disso, o Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) culpa o Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba) por impedir alguns profissionais de trabalharem. Para tentar resolver o problema está prevista uma reunião entre os dois sindicatos e a prefeitura, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) durante a tarde. Na quinta-feira (26), o TRT julgou a catraca livre como um movimento legal e não abusivo.
Para tentar reduzir o problema provocado pela paralisação, o presidente da Urbs, autarquia responsável pelo transporte coletivo da capital e região metropolitana, Roberto Gregório, disse à imprensa que a prefeitura está cadastrando veículos particulares para serem colocados à disposição da população com tarifa máxima de até R$ 6,00 por passageiro.
— Hoje nós optamos por adotar o fretamento particular e já está em operação e determinou que a frota pública do município fosse colocada à disposição. Não estamos a favor nem de um sindicato ou de outro, mas do interesse público.
Até as 10h haviam sido cadastrados 60 veículos particulares.
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Com relação a parada total da frota, os dois sindicatos tentam se eximir de responsabilidade. Segundo o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, os ônibus iriam circular da mesma forma que na quinta-feira.
— Na verdade a greve é dos cobradores e os empresários não permitiram que os ônibus saíssem hoje, ou seja, um desrespeito a toda a população.
Já o presidente do Setransp, Maurício Gulin, acusou o Sindimoc de promover piquetes.
— Temos documentos e imagens que provam isso, alguns colaboradores do sindicato tentando impedir a saída dos ônibus. Nós queremos cumprir a lei.
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