'Ela tirou tudo', diz filho de homem morto e escondido em freezer por mulher
Claudia Hoeckler se entregou à polícia nesta segunda (21) e confessou o crime, afirmando que foi vítima de agressões por anos
Cidades|Do R7
Os filhos de Valdemir Hoeckler ficaram consternados ao descobrir que o corpo do pai, desaparecido de Lacerdópolis, no interior de Santa Catarina, foi colocado em um freezer pela mulher dele, Claudia Hoeckler, de 40 anos.
“Assusta a frieza”, afirmou Mateus Hoeckler. “Perco um pai. Ele tinha muito amor para dar para os filhos e netos. Ela tirou tudo”, afirmou o jovem. Valdemir tinha 52 anos.
Claudia revelou, em uma entrevista publicada no YouTube, que decidiu tirar a vida do companheiro por não suportar mais ser agredida, perseguida e humilhada pelo homem. Disse ainda que recebeu ameaças ao longo de anos, inclusive de morte. Ela relatou que deu sonífero ao homem e depois o sufocou.
O corpo de Valdemir foi encontrado no sábado (19) no freezer de sua casa, em Lacerdópolis. Ele estava desaparecido desde o dia 14, quando não se apresentou no trabalho. O crime teria ocorrido no domingo anterior (13).
Inicialmente, Claudia não admitiu o crime. Em depoimento no dia 18, ela afirmou que havia saído de casa primeiro e que o marido saíra em seguida. Eles teriam um compromisso de trabalho. Valdemir, porém, não compareceu, o que fez com que a família iniciasse as buscas.
A polícia desconfiou das versões contadas; após ter ouvido relatos de vizinhos, dedidiu revistar a casa e encontrou o corpo do homem no freezer.
Justiça
O juízo da comarca de Capinzal decretou a prisão temporária da suspeita. A juíza Flávia Carneiro de Paris, em regime de plantão, também autorizou a quebra do sigilo telefônico da investigada e o acesso aos seus dados.
O crime apurado, em princípio, é homicídio qualificado por meio que dificultou a defesa do ofendido, já que a vítima foi encontrada com uma lesão na nuca.
Antes da averiguação, Claudia fugiu da cidade. Com a descoberta, ela se apresentou nesta segunda. A prisão temporária tem o prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. O processo tramita em segredo de Justiça.