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Enchentes no Rio Grande do Sul impactaram diretamente 876 mil pessoas

Estudo do Ipea estima que inundações afetaram 420,1 mil casas dos 418 municípios que estavam em estado de calamidade

Cidades|Iasmim Albuquerque*, do R7, em Brasília


418 municípios declaram estado de calamidade devido as enchentes Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

As enchentes do Rio Grande do Sul impactaram ao menos 876 mil pessoas e 420,1 mil domicílios, segundo o estudo do Ipea (Índice de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta quarta-feira (17). O dado é referente aos 418 municípios que declararam estado de calamidade ou emergência.

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Segundo o estudo, 310,4 mil pessoas que estavam em situação de vulnerabilidade antes das enchentes foram afetadas. O número de famílias impactadas é de 138,8 mil. A mancha de impacto das enchentes, deslizamentos de terra e lama atingiu uma área de aproximadamente 16.126 km², alcançando 484 municípios do Rio Grande do Sul.

O estado foi atingido por fortes chuvas entre o fim de abril e maio de 2024, sendo um dos piores eventos climáticos já registrados em décadas. De acordo com o último boletim da Defesa Civil, divulgado às 10h de 8 de julho, foram 478 municípios afetados, 182 mortes confirmadas e 31 pessoas estão desaparecidas.

A análise foi feita a partir de dados do Censo Demográfico de 2022 e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, de abril de 2024. As estimativas envolveram a combinação de dados de imagens de satélite, modelos computacionais e registros administrativos.


“O estudo foi uma parceria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome com o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], e traz estimativas inéditas a partir de dados em alta resolução espacial sobre a população geral e a população em situação de vulnerabilidade socioeconômica que foram atingidas pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul”, explicou Rafael Pereira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e um dos autores da nota.

Para os autores, o impacto dos eventos climáticos é mais amplo do que o indicado no estudo, pois mesmo famílias não diretamente atingidas podem sofrer consequências, uma vez que seus parentes, locais de trabalho e serviços públicos da região podem ter sido afetados.


Novas casas no RS

Na segunda-feira (15), o governo federal definiu os critérios para reconhecer as famílias que devem ganhar novas casas, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, no estado. Os moradores devem cumprir os seguintes requisitos:

- Possuir moradia, própria ou alugada, destruída ou interditada definitivamente em decorrência das enchentes;


- Ter limite de renda bruta familiar mensal até a Faixa Urbano 2 (até R$ 4.400 mensais, em áreas urbanas), Faixa Rural 2 (renda bruta familiar anual entre R$ 31.680,01 e R$ 52.800) ou Faixa Urbano 3 (Até R$ 8.000 mensais, em áreas urbanas);

- Moradores remanescentes adjacentes às unidades destruídas ou interditadas definitivamente, caso a análise indique que a população residente necessite ser reassentada

- Cujo reassentamento se faça necessário para viabilizar a operação dos diques em áreas impactadas pela calamidade;

- Cujo reassentamento se faça necessário para viabilizar a execução de obras e serviços na alça da ponte do rio Guaíba; e

- Impactada pela calamidade quando seu reassentamento se faça necessário para viabilizar soluções urbanas em resposta aos eventos climáticos.


*Sob supervisão de Augusto Fernandes


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