Mortes em presídio de Manaus ocorreram por perfurações e asfixia
Ao menos 15 pessoas morreram em nova chacina em Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim). Em 2017, 56 morreram em brigas de facções
Cidades|Do R7
Ataques com escovas de dentes e 'mata-leão' causaram a morte de 15 detentos durante uma na manhã do domingo, 26, no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus.
A chacina ocorreu em horário de visita de familiares, o que segundo o secretário de Administração Penitenciária de Manaus, Louismar Bonates, foi o descumprimento de uma regra entre os criminosos. "Foi a primeira vez no Amazonas".
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O secretário revelou que as mortes ocorreram por perfurações e asfixia. "A gente identificou alguns estoques pequenos e, por incrível que pareça, eram escovas de dentes. Eles raspam", explicou, revelando a origem do objeto pontiagudo.
A secretaria abriu investigação para identificar os presos envolvidos nos crimes, através das câmeras internas. Não houve fugas e nem reféns, segundo Bonates, que anunciou a suspensão das visitas como uma das medidas administrativas de segurança.
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Questionado sobre uma possível briga entre facções, o secretário disse que o Estado não as reconhece e que a investigação irá apurar a motivação dos crimes. "Agora, uma ação como que aconteceu no passado (quando 57 pessoas morreram em janeiro de 2017, após confronto de facções), isso está descartado".
"Quanto a evitar 100% que uma morte acontecesse, nós temos que ter a maturidade de entender que, em qualquer prisão do mundo, quando se quer matar, infelizmente vai se matar, como mataram. Mataram enforcados. Alguns com 'mata-leão'. Então, isso o Estado não tem como evitar", declarou Bonates.