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No Brasil, 4 em cada 10 MEIs fazem teletrabalho, diz IBGE

Quase metade (48,3%) desses trabalhadores atua na área de informação e comunicação, segundo estudo divulgado nesta quarta

Cidades|Do R7, em Brasília

Maior parte dos MEIs trabalha na área de informação e comunicação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em 2022, cerca de 5,5 milhões de MEIs (microempreendedores individuais) faziam teletrabalho no Brasil. O valor representa 38% dos 14,6 milhões desses trabalhadores. A maior parte (48,3%) trabalha na área de informação e comunicação. Os dados são da pesquisa Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais 2022, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (21).

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Segundo o levantamento, São Paulo é o estado que, proporcionalmente, tem mais MEIs trabalhando de casa: 1,69 milhão de 3,98 milhões, ou 42,6%. Os microempreendedores individuais do Rio de Janeiro estão em segundo lugar na lista, com 40,7% (668,6 mil de 1,64 milhão).

A menor porcentagem ficou com Tocantins. São 23,4 mil dos 92,7 mil MEIs em teletrabalho (25,3%).

O IBGE ressalta que o estudo é classificado como experimental e deve ser usado com cautela, já que são estatísticas novas que ainda estão em fase de teste e sob avaliação.


Atividades econômicas

O levantamento também mostra que a atividade econômica mais representativa no teletrabalho é a de informação e comunicação, que soma 48,3% do total. Em seguida, aparecem os MEIs que atuam no setor de educação, com 47,8% deles trabalhando da própria residência. Em terceiro lugar do ranking, estão os trabalhadores de transporte, armazenagem e correio (45,2%).

A área com o menor número de MEIs trabalhando de casa é a de indústrias extrativas (10,2%).


Número de MEIs aumenta 11,4% de 2021 para 2022

Em 2022, o Brasil tinha 14,6 milhões de trabalhadores MEIs, uma alta de 11,4% em relação ao ano anterior, quando tinha 13,1 milhões. Embora tenha havido um aumento no período da participação dos MEIs no total de ocupados, a comparação ano a ano revela uma queda entre 2021-2022, de 19,1% para 18,8%.

Segundo a pesquisa, mais da metade (51,5%) dos MEIs atua na área de serviços. O setor compreende 7,5 milhões de microempreendedores individuais.


O comércio é o segundo setor mais representativo, com 4,1 milhões ou 28,2% do total. O terceiro lugar é da indústria, com 1,53 milhão ou 10,6% do total, seguido pela construção, com 1,36 milhão e 9,4% do total.

Recorte por região

De acordo com o estudo, mais da metade dos MEIs (52,1%) está localizada na região Sudeste. Em seguida, o Nordeste tem 17,6% dos microempreendedores individuais do país. O Sul aparece com 16,9%. Nas duas últimas posições, estão o Centro-Oeste e o Norte, com 8,4% e 5%, respectivamente.

No levantamento, foram utilizados como fontes de informação o CPF, o CNPJ, o Simei (Simples Nacional), o Cempre (Cadastro Central de Empresas), a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) - Empregado, e o CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais).

48,6% dos MEIs criaram empresa há no máximo 3 anos

Os dados da pesquisa inédita mostram que, em 2022, quase metade (48,6% ou 7,07 milhões) dos microempreendedores individuais do país tinha criado empresas há no máximo três anos. Quando se amplia o prazo de criação para cinco anos, a participação frente ao total de MEIs ativos sobe para 69,3% do total, ou 10,1 milhões.

A pesquisa mostra que 2,63 milhões dos MEIs (18,1%) criaram empresa há menos de 1 ano. Outros 2,48 milhões (17,1%) das empresas desse tipo têm até 2 anos de existência.

Sexo e idade dos MEIs

Do total de microempreendedores individuais, a maioria ainda é composta por pessoas do sexo masculino. Ao todo, em 2022, 53,6% dos MEIs eram homens (7,8 milhões), enquanto 46,4% (6,7 milhões) eram mulheres.

Em relação à faixa etária, a maior parte dos MEIs é formada por pessoas entre 30 e 39 anos (29,9%). Em segundo lugar, vêm as pessoas com idade entre 40 e 49 anos (25,5%). Na sequência, estão os microempreendedores individuais com 50 anos ou mais (24,5%), seguidos pelos que têm até 29 anos (20,1%).

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