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Número de desalojados por chuvas em Minas e na Bahia supera 66 mil

Regiões desses estados foram fortemente afetadas pela chuva acima da média e tentam minimizar os efeitos da tragédia

Cidades|Do R7

Temporais causaram enchentes no sul da Bahia
Temporais causaram enchentes no sul da Bahia Temporais causaram enchentes no sul da Bahia (RICARDO DUTRA/AFP)

As fortes chuvas que atingiram o sul da Bahia e Minas Gerais nas últimas semanas deixaram pelo menos 31 mortos e 66 mil desalojados — pessoas que tiveram de sair de casa e conseguiram migrar para outro local, como casas de parentes e amigos. Os dados fazem parte dos balanços da Defesa Civil dos estados.

A Bahia, a área mais afetada, concentra 25 das 31 mortes, em geral devido ao desabamento de casas muito atingidas pelas enchentes ou afogamentos — foi o caso do último óbito, ocorrido na quarta-feira (29), em Ilhéus. O sul da Bahia tem também 37.035 desabrigados — pessoas que não têm para onde ir e dependem de abrigos —, 54.771 desalojados e 151 cidades que decretaram estado de emergência.

A tragédia tem como uma das causas a ação da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul, que envia umidade da Amazônia para outras regiões do país. O fenômeno, mais intenso que o normal neste ano, foi influenciado por fatores como o La Niña, que esfria parte das águas no hemisfério sul e provoca alterações climáticas.

Em Itabuna, uma das cidades mais afetadas, por exemplo, só no sábado (25) choveu 135 milímetros — mais da metade do esperado para todo o mês de dezembro, que é de 180 milímetros, de acordo com a Sudec (Superintendência de Proteção e Defesa Civil).

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A chuva acima da média no estado provocou o rompimento de duas barragens em Apuarema, intensificando ainda mais as enchentes. Outras dez barragens têm risco de rompimento e são monitoradas. Em cidades como Itambé, a prefeitura orientou moradores a deixar casas localizadas em regiões baixas da cidade, que podem ser inundadas.

A tendência é que o volume de precipitação seja menor no restante desta semana, segundo o portal Climatempo. Os efeitos, no entanto, ainda são sentidos de forma intensa pela população. Bairros foram esvaziados e escolas viraram refúgio para as famílias, que estão sobrevivendo graças a doações.

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Na terça-feira (28), o governo federal anunciou uma verba de R$ 200 milhões para ajudar na reconstrução de estradas na Bahia e em outras áreas do Nordeste. O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que o valor de R$ 80 milhões previsto para o estado não permitirá a reconstrução das vias.

O governador afirmou, nesta quinta (30), que aceitará a ajuda de envio de profissionais especializados em situação de calamidade oferecida pela Argentina. O Ministério das Relações Exteriores havia negado a oferta. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, esse auxílio, no momento, não seria necessário.

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Minas Gerais

A quinta ainda foi de tempo instável nas regiões mais afetadas pelas chuvas em Minas Gerais. No norte e no Vale do Jequitinhonha a previsão é de diminuição do volume de chuvas. Por outro lado, há risco de chuva forte no oeste, Triângulo Mineiro, centro e sul do estado, o que também preocupa a Defesa Civil.

Em Salinas, as chuvas causaram o transbordamento do rio que dá nome à cidade, o que fez com que grande parte das vias centrais do município ficasse tomada pelas águas. A população que vive às margens do rio foi retirada.

Já em Porteirinha, a 180 km dali, houve transbordamento do rio Mosquito, que corta o município, e cerca de 50 famílias foram afetadas. A maioria foi transferida para abrigos da prefeitura ou se acomodou na casa de parentes.

Desde o início dos temporais na região, seis pessoas morreram (nos municípios de Uberaba, Coronel Fabriciano, Nova Serrana, Engenheiro Caldas, Pescador e Montes Claros), 2.683 perderam suas casas e 11.337 ficaram desalojadas. O balanço da Defesa Civil de Minas Gerais considera não só as últimas semanas, como o balanço da Bahia, mas todo o período de chuvas, iniciado em outubro. No entanto, os efeitos mais graves, assim como no estado vizinho, foram sentidos neste mês. 

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