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PF faz operação contra extração ilegal de ouro e crimes ambientais com prejuízo de R$ 20 bilhões

Dono de uma fazenda pode responder por usurpação de bens da União, associação criminosa e outros delitos ambientais

Cidades|Do R7

Primeira fase da operação ocorreu em setembro de 2022 e teve continuidade nesta quarta (8)
Primeira fase da operação ocorreu em setembro de 2022 e teve continuidade nesta quarta (8) Primeira fase da operação ocorreu em setembro de 2022 e teve continuidade nesta quarta (8)

A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (8), a Operação Boi Dourado, para combater a extração ilegal de ouro e crimes ambientais em uma fazenda localizada entre a cidades de Marabá e Curionópolis, no Pará, por onde passa a linha de transmissão Xingu-Rio, responsável por levar energia ao Sudeste do país.

Policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão nas duas cidades, além de Goiânia (GO). Os agentes também cumprem a decisão judicial de apreensão de bens e valores em R$ 161 milhões e verificam a falta de qualidade dos produtos extraídos da fazenda, avaliada em R$ 200 milhões.

O proprietário da fazenda, alvo de mandado de prisão na manhã de hoje, é um grande empresário pecuarista, que não tem permissão de lavra garimpeira nem concessão de lavra emitida pela ANM (Agência Nacional de Mineração). O homem também não tem licenças ambientais.

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De acordo com a investigação, movimentações financeiras do suspeito apontam a existência de terceiros na venda do ouro extraído ilegalmente.

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Além disso, os policiais acreditam que o empresário tentou apagar evidências de crimes ambientais e, por isso, a liberdade dele põe em risco a investigação para obter provas.

Policiais acreditam que empresário tentou apagar evidências de crimes ambientais
Policiais acreditam que empresário tentou apagar evidências de crimes ambientais Policiais acreditam que empresário tentou apagar evidências de crimes ambientais

O trabalho policial teve início a partir de denúncia de moradores das proximidades da fazenda e informação da Xingu-Rio que, durante a fiscalização das 4.448 torres de energia, percebeu que a extração de ouro se aproximava da linha de transmissão.

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Em setembro de 2022, foi deflagrada a primeira fase da operação, denominada Saturnus, ocasião em que foi cumprido mandado de busca e apreensão na fazenda e inutilização de três pás-carregadeiras.

Prejuízo bilionário

O dano ambiental causado devido à extração ilegal de minério é estimado em R$ 20 bilhões, valor mensurado a partir da extensão da área de extração ilegal, desmatamento, escavações, gravíssima contaminação do solo, assoreamento e contaminação do rio próximo à propriedade com mercúrio e outras substâncias.

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A perícia realizada durante a operação deve dar uma estimativa mais precisa do dano ambiental, que inclui a poluição do rio Sereno — afluente do rio Tocantins, responsável pelo abastecimento de várias cidades. O valor leva em consideração o gasto necessário para recompor o meio ambiente.

Os envolvidos devem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de usurpação de bens da união, por crimes ambientais e por associação criminosa.

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