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PF prende irmãos por posse de pornografia infantil e estupro de vulnerável em Manaus

Crimes podem ter penas de até 33 anos de prisão; policiais ainda analisam equipamentos eletrônicos dos alvos

Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Durante a operação, foi encontrado vasto material ilícito sob posse da dupla Divulgação/PF -4.6.2025

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (4) dois irmãos em Manaus (AM) suspeitos de envolvimento com abuso sexual de crianças e produção de material relacionado à exploração sexual infantil.

Os nomes dos homens não foram divulgados, mas a PF confirmou que um deles é investigado por estupro de vulnerável, além da divulgação e armazenamento de conteúdo de abuso infantil.

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O outro alvo da operação foi preso em flagrante por posse de grande quantidade de material ilícito com conteúdo semelhante.

Durante a operação, foram apreendidos computadores e outros dispositivos eletrônicos. Os presos permanecerão à disposição da Justiça enquanto as investigações continuam.


PF vai testar material encontrado no local para confirmar a presença de drogas Divulgação/PF - 4.6.2025

Conforme a legislação brasileira, os crimes de estupro de vulnerável, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil podem resultar em penas que somam até 33 anos de reclusão.

Polícia Federal também apreendeu equipamentos eletrônicos das vítimas Divulgação/PF - 4.6.2025

Relatório do TCU aponta falhas no combate ao abuso infantil online

Um relatório preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU), elaborado no fim de 2023, identificou lacunas normativas e falta de políticas públicas que dificultam o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet.


O documento, ao qual o R7 teve acesso, foi produzido pela Secretaria de Controle Externo de Governança, Inovação e Transformação Digital do Estado. Ele foi encaminhado a diversos ministérios que atuam na área, para apresentarem sugestões e comentários. O relatório ainda pode sofrer alterações antes de ser submetido ao plenário do TCU.

Segundo o texto, ”a ausência dessa política pública implica, ao final, no aumento dos crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet e, consequentemente, em maiores riscos para essa parcela tão vulnerável da população".


“Além disso, impõe desafios adicionais para a alocação e gestão de recursos orçamentários e financeiros, dificultando, por exemplo, o recebimento de emendas parlamentares destinadas à operação, monitoramento e avaliação das ações realizadas pelo MJSP [Ministério da Justiça e Segurança Pública] e pela Polícia Federal.”

A auditoria também apontou a falta de normas específicas que regulamentem a notificação, transferência, retirada e bloqueio de conteúdos ilegais relacionados a abuso infantil na internet por parte dos provedores de serviços.

O relatório destaca que isso ocorre porque o Marco Civil da Internet priorizou a proteção da privacidade, a não responsabilização cível dos provedores e a remoção de conteúdos apenas mediante ordem judicial.

Na avaliação do TCU, “a adoção de uma norma que regulamente essas ações por parte dos provedores ajudaria a identificar mais rapidamente criminosos e vítimas, uma vez que essas empresas têm acesso a dados e informações cruciais para investigações policiais.”

Além disso, a medida poderia evitar a revitimização das vítimas, reduzindo o prolongamento do trauma causado pela permanência dos conteúdos online.

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