Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Polícia de Santa Catarina muda critérios para classificar atentados

Foram confirmados 111 ataques em 36 cidades

Cidades|Da Agência Brasil

Para evitar uma classificação equivocada das ocorrências registradas em Santa Catarina, associando todos os eventos de incêndio à série de ataques violentos que começou no dia 30 de janeiro, a Polícia Militar do Estado decidiu mudar os critérios para avaliar os episódios. A partir desta semana, antes de informar que se trata de um atentado, o caso suspeito será analisado individualmente.

De acordo com o major João Carlos Neves, da Comunicação Social da PM catarinense, a modificação ocorreu após uma avaliação técnica e criteriosa da própria corporação. Ele negou que os novos métodos para contabilizar os atentados tenham sido adotados por orientação do governo estadual com o objetivo de manipular os dados e reduzir a estatística com o número de ataques.

— Notamos que, com as prisões efetuadas e as transferências de presos para outros estados no último fim de semana, não houve mais comunicação entre bandidos ordenando novos ataques. Além disso, pouco depois de contabilizarmos as ocorrências dos últimos dias, associando-as à onda de violência, percebemos que eram, na verdade, casos particulares, motivados por brigas entre vizinhos, marido e mulher ou desafetos.

Leia mais notícias de Cidades


No último boletim divulgado nesta quinta-feira (21) pela PM catarinense, constam registros de incêndios em veículos particulares em quatro cidades: Tubarão, Balneário Camboriú, Lages e Joinville. O documento destaca que os eventos “ainda estão passando por análise pericial para sua caracterização como atentado ou ato de vandalismo”.

Na quarta-feira (20), a polícia chegou a informar, no início da manhã, que o número de atentados havia subido para 112, com o registro de um ataque a uma base da PM no município de Lages, na serra catarinense. Horas depois, a corporação divulgou nota retificando a informação e explicando que perícia técnica feita no local constatou que o incêndio foi causado por uma explosão em função de um vazamento na tubulação de gás.


Até agora, foram confirmados 111 atentados em 36 municípios.

Entenda o caso


Santa Catarina vive a segunda onda de violência dos últimos meses. A primeira foi em novembro do ano passado. Os novos ataques começaram no dia 30 de janeiro. O Estado voltou a registrar ônibus, viaturas das polícias Militar e Civil, e veículos particulares incendiados. Bases da PM e delegacias também foram atacadas com tiros ou coquetéis molotovs.

O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou.

As ocorrências foram registradas em 37 municípios: Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Navegantes, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Tubarão, Laguna, Araquari, Indaial, Brusque, São João Batista, Rio do Sul, São Miguel do Oeste, Içara, Joinville, Gaspar, São José, Ilhota, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Bom Retiro, Garuva, São Bento do Sul, Porto União, Imbituba, Guaramirim e Campos Novos, Balneário Rincão, Itapoá, Água Doce, Rio Negrinho e Lages.

O motivo teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.