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Sem funk, rolezinhos da ‘classe média’ mobilizam shoppings pelo Brasil neste fim de semana

Diferentemente da 'zoeira' de jovens da periferia, ativistas convocam eventos como 'protesto'

Cidades|Do R7

Rolezinho em Itaquera
Rolezinho em Itaquera Rolezinho em Itaquera

Um novo tipo de rolezinho põe shopping centers em alerta neste fim de semana. Sem ter funkeiros como organizadores, eventos programados para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte chegam a ter 8.000 confirmados.

Os novos rolezinhos têm em comum o teor de protesto, após shoppings paulistanos restringirem a entrada de jovens no último fim de semana. A motivação é diferente do objetivo dos encontros originais, cujas convocações falavam em “zoar” e “beijar”.

Em São Paulo, o evento que ganhou o maior número de adeptos é o rolezinho do Shopping JK Iguatemi — programado para a tarde deste sábado.

Em duas páginas do Facebook, há ao menos 5.000 pessoas confirmadas. O R7 analisou o perfil de 50 delas: apenas cinco eram funkeiras de carteirinha. A maior parte dos confirmados era universitária ou militante de movimentos sociais.

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Autor de uma das convocações, o músico Daltson Takeuti, de 55 anos, diz que nunca participou de eventos do tipo.

— Eu só convidei os meus amigos e muita gente começou a entrar. Aí viralizou, né? Eu não conheço quase ninguém que está lá (com presença confirmada).

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Entre os 50 confirmados cujo perfil foi analisado pela reportagem, três eram adeptos dos black blocs. Os mascarados compartilharam a convocação em suas páginas.

Rio e Minas

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No Rio, o maior rolezinho foi marcado para domingo no Shopping Leblon. O centro de compras, porém, obteve uma liminar para impedir o evento. Mais de 8 mil pessoas confirmaram presença no encontro, convocado pela página “Porque eu quis”, criada por manifestantes fluminenses após caso de violência policial durante os protestos do ano passado.

Em Belo Horizonte, o rolezinho no Minas Shopping, marcado para este sábado, também não foi convocado por funkeiros, mas por uma ativista.

Diante do fenômeno crescente, a Alshop, associação de lojista, manifestou preocupação na sexta-feira. A entidade afirmou ser favorável ao uso de liminares para barrar os adolescentes.

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