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Suspeitos de assassinar líder quilombola Mãe Bernadete vão a julgamento popular na Bahia

Vítima foi executada a tiros por se posicionar contra tráfico de drogas na região; réus serão julgados por homicídio qualificado

Cidades|Do R7, em Brasília


Bahia revisa programa de proteção após assassinato de Mãe Bernadete
Líder era contra a expansão do tráfico de drogas Divulgação/ Conaq

Os três homens denunciados pelo assassinato da líder quilombola, conhecida como Mãe Bernadete, vão a julgamento popular por pedido do Ministério Público da Bahia. Os réus serão julgados pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio qualificado cometido por motivo torpe, de modo cruel, sem possibilidade de defesa da vítima. A determinação judicial foi expedida nessa segunda-feira (22).

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A decisão foi tomada pela 1ª Vara Crime de Simões Filho, após o pedido do MP. Os suspeitos são Arielson da Conceição Santos, que também responderá pelo crime de roubo, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus. A Justiça também determinou a manutenção da prisão preventiva dos três. Outros dois denunciados, Josevan Dionísio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus, estão foragidos.

A líder foi assassinada em agosto de 2023 no município de Simões Filho, em Salvador. De acordo com as investigações da Polícia Civil, a vítima levou 25 tiros dentro da própria casa. Os netos da quilombola estavam na residência no momento do crime.

As apurações apontam que o motivo do crime seria o posicionamento firme da Mãe Bernadete contra a expansão do tráfico de drogas na região e a construção de uma barraca que seria usada como um ponto de venda de drogas, na barragem de Pitanga dos Palmares, área de preservação ambiental.


A sentença determinada pelo magistrado levou em consideração a importância da liderança da Mãe Bernadete para a comunidade quilombola. O documento destaca que foi “unânime o relato de que a vítima, fundadora e importante liderança da comunidade, era figura reconhecida pela luta referente ao assentamento, reconhecimento do quilombo e pelo combate à exploração ilegal de madeira e à prática de tráfico de drogas”.

As investigações tiveram o acompanhamento do CAODH (Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos) do MP.

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