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Violência contra crianças e adolescentes cresce em todas as faixas etárias no Brasil

Levantamento aponta alta nos registros de lesão corporal, maus-tratos, abandono de incapaz e estupros contra vítimas de até 17 anos

Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A violência contra crianças e adolescentes cresceu em 2024 em todas as faixas etárias no Brasil.
  • Registros de estupro de vulnerável alcançaram 43.149 casos, e 13.879 estupros contra adolescentes entre 14 e 17 anos.
  • O número total de vítimas de lesão corporal dolosa foi de 92.881, um aumento de 6,9% em relação ao ano anterior.
  • A maior parte das ocorrências ocorreu em residências, com agressores frequentemente sendo familiares ou pessoas próximas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Crianças e adolescentes foram as principais vítimas de estupro de vulnerável em 2024 Rovena Rosa/Agência Brasil - Arquivo

A violência contra crianças e adolescentes aumentou em todas as faixas etárias em 2024, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

O levantamento aponta crescimento nos registros de lesão corporal dolosa, maus-tratos, abandono de incapaz, estupros e bullying/cyberbullying contra vítimas de até 17 anos.


Os maus-tratos lideram o ranking, com 33.269 casos registrados em 2024 — um aumento de 6,8% em relação ao ano anterior, quando foram 31.146 casos.

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Já os crimes de lesão corporal dolosa somaram 20.575 ocorrências, alta de 6,5% em comparação com 2023 (19.314).


O anuário mostra que o Brasil registrou, no ano passado, o maior número de estupros de vulnerável da história — 87.545.

Segundo o estudo, crianças e adolescentes foram as principais vítimas. Ao menos 61% desses crimes foram cometidos contra menores de 14 anos.


Crianças de 0 a 4 anos foram 10,3% das vítimas; entre 5 e 9 anos, 18,2%; entre 10 e 13, 32,9%; entre 14 e 17 anos, 16,3%.

Houve ainda 12.446 registros de abandono de incapaz. Outro dado que chama atenção foi o aumento de casos de bullying e cyberbullying, que chegaram a 2.995 notificações, a maior parte envolvendo adolescentes entre 14 e 17 anos.


Feminicídio cresce

O anuário também mostra que o Brasil registrou 1.492 feminicídios em 2024, uma alta de 0,7% em relação ao ano anterior. Os números indicam que 97% das vítimas foram mortas por homens e 64,3% dos crimes ocorreram dentro da casa da vítima.

O documento aponta ainda que oito em cada 10 mulheres foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. A taxa de feminicídio ficou em 1,4 por 100 mil mulheres.

Entre as mulheres assassinadas, 63,6% eram negras e 70,5% tinham entre 18 e 44 anos.

Além dos casos consumados, foram registradas 3.870 tentativas de feminicídio em 2024, o que representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

O Anuário também traz informações sobre as medidas protetivas de urgência concedidas pela Justiça com base na Lei Maria da Penha. Ao todo, foram 555 mil medidas protetivas concedidas em 2024. Dessas, 101.656 foram descumpridas pelos agressores.

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