Análise: ausência dos EUA na COP30 pode abrir espaço para novas lideranças climáticas como a China
Conferência acontece em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro
COP30|Do R7
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Com a chegada da COP30 ao Brasil, a partir da próxima segunda-feira (10), são criadas expectativas para o evento que ocorre em Belém do Pará. A conferência é a maior das Nações Unidas para discussões e negociações sobre mudanças climáticas e contará com a presença de representantes de 191 países.
Em entrevista ao Hora News desta terça-feira (4), Felipe Ramaldes, consultor em sustentabilidade, explica a importância do tema.
Ramaldes aponta a necessidade dos debates focarem no risco da temperatura global ultrapassar o aumento de 1,5 °C. Ele ressalta que os impactos das mudanças climáticas são sentidos mais diretamente, como as secas presenciadas em diversos estados, baixas históricas de rios e as inundações ocorridas no Rio Grande do Sul.

Apesar de cada país vivenciar as mudanças em diferentes níveis e cenários, o consultor cita que as soluções não virão isoladamente, sendo necessárias ações de Estados em conjunto durante a COP. Ele lembra que, sem as ações desses entes, indústrias, sociedade civil e pesquisadores não terão poder de decisão sozinhos.
“A gente depende de políticas públicas e mudanças globais que possam trazer primeiro a transição, uma transição energética. Acho que um dos principais fatores de emissão de gases de efeito estufa hoje, principalmente vindo do norte global, é a questão dos combustíveis fósseis, principalmente”, comenta.
Sobre a ausência do presidente Donald Trump, ou de uma comissão do governo americano, Ramaldes menciona que a cúpula perde força, uma vez que o país é o maior poluidor global e vem cortando recursos de fundos para o combate para ações de defesa das mudanças climáticas. No entanto, ele acredita que a ausência do país norte-americano no evento pode abrir espaço para novos nomes em defesa da pauta ambiental, como a China e a iniciativa privada.
“A China fez um trabalho muito forte ao longo dos últimos cinco a oito anos nesse sentido da restauração florestal, então a gente percebe que a saída dos Estados Unidos vai deixando lacunas para outros atores, para outros países e atores também da sociedade civil que podem vir a cobrir esse período em que os Estados Unidos está fora pela segunda vez. Não é a primeira vez. No primeiro governo do Trump, ele também saiu do Acordo de Paris”, completa o consultor.
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