À espera da nova taxa de juros, dólar fecha a R$ 5,68, menor valor em 4 meses
Além do cenário no Brasil, moeda americana vem perdendo força em meio aos temores de uma possível recessão nos EUA
Economia|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Em meio aos temores de uma possível recessão nos Estados Unidos e à espera da decisão da nova taxa de juros no Brasil, o dólar vem perdendo a força e segue abaixo dos R$ 6. Nesta segunda-feira (17), a moeda americana fechou a R$ 5,6861, com uma variação de quase 1%. O índice representa o menor valor registrado desde novembro de 2024.
No cenário interno, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central realiza nesta terça-feira (18) a reunião para definir a nova taxa básica de juros da economia brasileira. A expectativa é que a taxa aumente em um ponto percentual na Selic, podendo chegar a 14,25% ao ano.
Além da decisão do Comitê, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram para discutir detalhes sobre o texto da isenção do Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5.000 por mês.
Segundo Haddad, a isenção do tributo, cujo envio está programado para esta semana ao Congresso Nacional, terá uma renúncia de R$ 27 bilhões. O Executivo tem afirmado que, para bancar a isenção do IR a quem ganha até R$ 5.000, será criado um imposto de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês.
Em relação ao cenário exterior, as políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem gerando tensão entre os principais líderes globais. Recentemente, os EUA deram início as taxas de 25% sobre o aço e alumínio importados.
Apesar das estratégias de Trump buscarem fortalecer os Estados Unidos, o começo de uma guerra comercial com aliados trouxe alguns impactos econômicos ao país e outras nações. Na segunda-feira, por exemplo, os mercados de ações registraram forte queda nos EUA e Ásia, resultado de uma preocupação dos investidores com risco de recessão no país americano.