Análise: novas regras do FGTS evitam que funcionário fique com poucas reservas em caso de demissão
Medida limita número de parcelas e valor máximo a R$ 2.500 no período de 12 meses
Economia|Do R7
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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (7) a restrição da antecipação do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A partir de 1º de novembro, o trabalhador que aderiu à modalidade do fundo de garantia vai ter limitações na hora de antecipar o benefício nos bancos.
O valor e o número de parcelas serão limitados entre R$ 100 e R$ 500, com o número máximo de cinco parcelas nos próximos 12 meses após a solicitação, totalizando R$ 2.500. Segundo o governo, a medida foi definida para tentar proteger o trabalhador de armadilhas financeiras.
Para Carla Beni, economista e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), existe uma tensão entre interesses dos trabalhadores e do governo sobre o fundo. Enquanto muitos empregados utilizam da antecipação do FGTS para a quitação de dívidas ou para outras razões pessoais, na outra ponta, o governo se preocupa com um esvaziamento do FGTS — que também serve como um meio de crédito habitacional e de saneamento.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (8), ela explica que existe um problema crônico do país em utilizar o saldo do FGTS como medida para melhorar a popularidade do governo no poder, mas que pode causar danos futuros ao trabalhador.
“Isso já vem vindo há muito tempo e aqui está a segurança do trabalhador, que ele acaba ficando com uma reserva muito pequena no caso de demissão”, finaliza.
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