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Após perder emprego, paulistana fatura R$ 8.000 ao mês vendendo doces

Cristina Freitas, de 51 anos, entrou em curso online de gastronomia e mudou sua carreira 

Economia|Luiz Betti, do R7

Cristina: curso online trouxe faturamento alto logo no primeiro mês de vendas
Cristina: curso online trouxe faturamento alto logo no primeiro mês de vendas

Você já desistiu de entrar num curso por falta de tempo? No caso da paulistana Cristina Freitas, de 51 anos, o problema era outro: a falta de residência fixa em virtude do trabalho, transitório, que a impedia de frequentar um curso regular.

— Eu era gerente de filial de uma empresa de TV a cabo e viajava muito, parecia uma cigana. Com isso, eu não conseguia me matricular num curso comum.

A solução foi se matricular em cursos online de gastronomia, conta ela. O hobby, contudo, se transformaria em profissão quando a empresa na qual ela trabalhava passou por uma reestruturação, em outubro do ano passado, e ela foi demitida.

A partir disso, Cristina, que é formada em marketing, passou a produzir biscoitos (R$ 3,50), cupcakes (R$ 5) e panetones (R$ 65 e R$ 90), e levá-los para empresas e lojas na região onde morava, embalados com um cartão com telefone de contato. A estratégia deu certo e, no boca a boca, ela faturou R$ 8.000 em dezembro, seis meses após entrar no curso de gastronomia.


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— No começo é um pouco difícil, eu ia [levar amostra nas lojas] na cara dura mesmo. Ganhava no antigo emprego R$ 10 mil e tenho intenção de manter e até aumentar essa renda. Pra isso é preciso se preparar, buscar conhecimento, ter planejamento... Se não, você morre na praia.


Cristina admite que as vendas caíram neste mês, mas afirma que já está procurando alternativas, como o site MamyCake, no qual oferece encomenda de doces e oficinas infantis.

Treinamento Online


De acordo com o responsável pela área de estratégia e pesquisa da Catho, Luís Testa, os alunos de cursos online são atualmente tão valorizados quanto os que frequentaram cursos presenciais.

— Qualquer uma destas modalidades (presencial e online) são igualmente importantes na qualificação profissional; são formas diferentes de atingir o mesmo objetivo. Ótimos profissionais, por falta de tempo, dificuldades de acesso ou outros motivos acabam não tendo a possibilidade de realizar cursos presenciais.

Segundo o CEO da Eduk, Eduardo Lima, se por um lado os cursos online têm a vantagem da flexibilidade, por outro exigem maior disciplina dos alunos, já que não há um professor para “puxar a orelha”.

Inaugurada em 2013, a empresa, que faz transmissão ao vivo e gratuita de cursos como gastronomia, artesanato e fotografia, já conta com 300 mil alunos e cursos entre R$ 80 e R$ 320.

— Apesar de nosso foco ser profissional, ou seja, proporcionar uma grana extra às pessoas, é interessante ver que hoje em dia muita gente está procurando [cursos online] por hobby. Há gente de todas as idades e gêneros.

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