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Arrecadação de impostos em maio cai 32,9% em relação a 2019

Queda ocorre sob efeito da crise trazida pela pandemia de covid-19 e também em razão de medidas que adiaram recolhimento de impostos

Economia|Márcio Pinho, do R7

Arrecadação de tributos apresentou queda em maio
Arrecadação de tributos apresentou queda em maio

A arrecadação de impostos e contribuições federais teve forte queda em maio, quando somou R$ 77,4 bilhões, o que representa um recuo real (já descontada a inflação) de 32,92% na comparação com igual mês de 2019.

Trata-se do pior desempenho para maio desde 2005, quando se arrecadou R$ 76,1 bilhões.

O desempenho indica um forte efeito da crise econômica trazida pela pandemia de covid-19. A queda é maior que a constatada em abril, quando o valor ficou em R$ 101,1 bilhões, um recuo de 28,95% em relação ao ano passado.

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Além da retração da economia, a queda também é motivada pelas medidas tributárias anunciadas pelo governo para reduzir o impacto dos impostos nas empresas no período mais agudo da crise. 

Com o diferimento de impostos, por exemplo, deixou-se de arrecadar R$ 29,9 bilhões, segundo cálculos da Receita Federal. Empresas optantes do Sistema Simples Nacional, por exemplo, tiveram a oportunidade de adiar para o último trimestre do ano os pagamentos relativos a março, abril e maio.


Outra medida foi a redução a zero da alíquota do do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com que deixou-se de arrecadar R$ 2,3 bilhões, de acordo com a Receita. 

Segundo o coordenador de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Rodrigues Malaquias, uma queda maior da arrecadação em maio em comparação com abril era esperada, uma vez que o número de abril reflete a atividade econômica de março - mês que foi afetado apenas no final com o avanço da pandemia.

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