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BC triplica oferta de dólar no mercado nesta segunda-feira

Decisão foi anunciada após moeda fechar em R$ 3,74 na sexta-feira (18). Banco Central vai ofertar 15 mil contratos de swap cambial

Economia|Thais Skodowski, do R7

BC triplica oferta de dólar no mercado futuro
BC triplica oferta de dólar no mercado futuro

O BC (Banco Central)triplicará a oferta de swap cambial - venda de dólar no mercado futuro - a partir desta segunda-feira (21). Serão 15 mil contratos diários ofertados em um leilão das 9h30 às 9h40. 

Com o aumento de contratos, o valor ofertado passará de US$ 250 milhões para US$ 750 milhões. As operações de swaps representam a injeção de novos recursos no sistema, que ajudam a conter a escalada do dólar.

A data de início dos contratos será no dia útil subsequente à realização da venda.

A decisão do BC ocorre após o dólar comercial atingir a marca de R$ 3,74 na sexta-feira (18). Até então, o Banco Central ofertava 5 mil contratos nos leilões de swap tradicional realizados todas as manhãs.


A autoridade monetária informou que os “montantes das ofertas adicionais de swap poderão ser revistos e se reserva o direito de realizar atuações discricionárias, caso seja necessário”.

Além do leilão adicional de swap, o Banco Central dará continuidade à rolagem integral dos contratos que vencem em 1º de junho.


O BC também ressalta que sua atuação no mercado cambial é separada de da política monetária, numa referência à decisão da semana passada do Conselho de Política Monetária de manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 6,5%. A medida foi interpretada como uma tentativa de evitar efeitos da inflação em decorrência da valorização do dólar, que pode encarecer produtos e serviços importados em moeda estrangeira.

O que são swaps cambiais


São contratos de troca de risco. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, mas não entrega a moeda. Quando o contrato vence, o investidor paga uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe da autoridade monetária a variação de dólar no mesmo período.

Essas operações são usadas para dar “proteção” contra grandes variações no câmbio aos agentes que têm dívida em moeda estrangeira, evitando com que eles tenham que comprar moeda no mercado à vista.

Dólar em alta

O dólar comercial fechou a semana passada em R$ 3,74, maior valor desde março de 2016. A moeda norte-americana, que já ficou 14,7% mais cara só em 2018, deve continuar subindo nas próximas semanas, de acordo com economistas, mesmo com a intervenção do BC. 

Isso porque a alta da moeda está relacionada a uma junção de fatores internos e externos, como as eleições de 2018, a baixa taxas de juros brasileiras e a incerteza em relação a política monetária americana.

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