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Bolsa argentina dispara 20% após eleição de Milei; dólar fica mais caro

Índice S&P Merval de Buenos Aires subia aos 779.348,90 pontos, com maiores ganhos observados entre as empresas de energia

Economia|Do R7, com Reuters

Dólar é vendido a 356,10 pesos
Dólar é vendido a 356,10 pesos

O mercado acionário da Argentina subia mais de 20% no início desta terça-feira (21), primeiro dia de negociações após a vitória do libertário Javier Milei nas eleições presidenciais. O peso argentino, por sua vez, era negociado em baixa de 0,59%, a 356,10 por dólar na venda, nos primeiros negócios do dia, com a regulação da liquidez pelo Banco Central.

O índice S&P Merval de Buenos Aires tinha alta de 20,81%, em 779.348,90 pontos, às 11h03 (horário de Brasília), devido aos ajustes de preços após o feriado, com as empresas de energia liderando os ganhos.

Os movimentos ocorrem em meio a ajustes depois da vitória do libertário Javier Milei nas eleições presidenciais de domingo (19) e um feriado local na segunda-feira (20), quando os mercados externos reagiram com ganhos firmes. As ações de empresas argentinas listadas nos Estados Unidos subiram até 40% na segunda-feira, lideradas pela petrolífera YPF.

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A Argentina prorrogou, nesta segunda-feira (20), até 10 de dezembro um benefício para todo o complexo exportador de uma taxa de câmbio preferencial a fim de liquidar parte das divisas obtidas com suas vendas, para incentivar os negócios e aumentar as reservas do país.


Milei prometeu durante sua campanha a dolarização da economia e a eliminação do Banco Central diante da inflação anual galopante, do rombo nas contas públicas crescente e do aumento da pobreza.

Endividamento

A dívida do governo subia 4,2% no mercado local, liderada por emissões denominadas em dólares, um dia depois que os títulos dispararam nos EUA diante de uma nova perspectiva econômica. Enquanto isso, o risco país medido pelo JP Morgan caía 0,47 pontos percentuais, para 2.199 unidades, às 11h45 (horário de Brasília).

Uma inflação que pode ultrapassar 180% neste ano, um grande déficit fiscal e reservas reduzidas no Banco Central são os principais problemas enfrentados pelo novo governo, que assumirá em dezembro.

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