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Caixa vai aumentar em 5 anos prazo de financiamento do Casa Verde e Amarela

Medida provisória, que deve ser sancionada nesta quarta (24), altera prazo máximo de pagamento para 35 anos

Economia|Do R7

Casas do programa habitacional Casa Verde e Amarela, do governo federal
Casas do programa habitacional Casa Verde e Amarela, do governo federal

A CEF (Caixa Econômica Federal) planeja oferecer, a partir do dia 1º de setembro, financiamento imobiliário com prazo de pagamento de até 35 anos para o CVA, o programa Casa Verde e Amarela. Atualmente, o limite de tempo para esse tipo de operação é de 30 anos.

A informação foi dada pelo diretor-executivo de habitação da Caixa, Rodrigo Wermelinger. "A medida vai ajudar a colocar mais gente para dentro desse mercado", afirma ele. Wermelinger participou de um debate sobre habitação popular com empresários no Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em São Paulo, nesta quarta (24), e depois falou com o Estadão/Broadcast. 

Segundo ele, ainda nesta quarta o presidente da República deve sancionar a medida provisória 1.107, que amplia o prazo-limite de financiamentos imobiliários com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 30 para 35 anos. O Casa Verde e Amarela é o principal destino dos recursos do fundo.

O banco estatal já trabalha com prazo de financiamento de 35 anos fora do programa habitacional, em linhas de crédito que usam recursos da caderneta de poupança. A nova medida é bastante aguardada por empresários do setor da construção, pois o aumento no prazo de pagamento no CVA vai permitir a diluição do valor das parcelas do imóvel ao longo do tempo, estimulando o fechamento de novos contratos.


Pagamento diluído

Um financiamento de R$ 200 mil em 30 anos, por exemplo, gera parcelas iniciais de R$ 1.686, em cálculo baseado nas condições de hoje. Esse valor cairia para R$ 1.607 considerando-se uma taxa de 7% ao ano no Sistema SAC e um prazo de financiamento de 35 anos.

O pano de fundo para a edição da nova medida provisória é a disparada nos custos de construção, que fez muitos empresários suspenderem lançamentos de projetos dentro do programa habitacional, porque as contas não fechavam mais. A partir daí, houve uma articulação dos empresários com o governo federal e o conselho do FGTS para aumentar subsídios à população atendida pelo CVA. A intenção era reduzir as taxas de juros e ampliar a faixa de renda dos beneficiários.


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O diretor de habitação da Caixa disse que não espera grandes dificuldades operacionais com o prazo ampliado nas linhas do FGTS. "A nossa carteira de crédito imobiliário é paga pelos clientes em dez anos, em média. Sempre que ganham o décimo terceiro ou um dinheiro extra, procuram amortizar", contou.

Na média, a inadimplência na carteira habitacional é inferior a 2%. Wermelinger não abre os dados das linhas do FGTS, mas disse que elas estão controladas e não são motivo de preocupação.

Atualmente, a CEF responde por 99,9% dos empréstimos com recursos do FGTS. Até 2014, sua participação era de 80%, e a fatia restante ficava com o Banco do Brasil, que deixou o ramo aos poucos. De janeiro a julho deste ano, as contratações da Caixa no segmento atingiram R$ 34,8 bilhões. 

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