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Com auxílio emergencial, queda de gastos é menor na classe C

Segundo levantamento da Nielsen, a classe C registrou um recuo de 0,6% nos gastos, enquanto o total das classes sociais teve queda de 2,7%

Economia|Ana Vinhas, do R7

Intenção de gastos com auxílio emergencial foi maior em alimentos na classe C
Intenção de gastos com auxílio emergencial foi maior em alimentos na classe C Intenção de gastos com auxílio emergencial foi maior em alimentos na classe C

Uma pesquisa realizada para avaliar o uso do auxílio emergencial mostrou que a classe C passou a ser a responsável por sustentar os gastos com alimentos e produtos de higiene e limpeza nos supermercados durante a pandemia.

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Segundo levantamento da Nielsen, comparando o segundo semestre do ano passado e o primeiro deste ano, a classe C registrou uma queda de 0,6% nos gastos, enquanto o total das classes sociais reduziu 2,7%.

"O que significa que muito possivelmente a classe C pode ser sim o motor para fazer com que os gastos caiam menos. Não é que está impulsionando para um crescimento, ainda não tem essa força, mas é sim a classe social que está conseguindo fazer com que o consumo retraia menos", afirma Andrea Stoll, gerente da Nielsen Brasil.

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A classe C é definida como o segmento da população cuja renda per capita está entre R$ 500 e R$ 2.000. Na última década, foi responsável por impulsionar o consumo no país. "Todas as classes estão diminuindo seus gastos. Mas a classe C é a que está contribuindo menos para esse reuco", avalia Andrea.

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Ela explica que levantamento realizado em maio mostrou que, em média, 80% dos lares brasileiros iriam usar o valor do auxílio emergencial para pagar contas. Mas nas classes mais baixas, havia uma concentração maior de intenção de gastos em produtos da cesta de alimentos. 

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Cruzando esses dados com o gasto geral, considerando o primeiro semestre deste ano com o anterior, os lares diminuíram em quase 3% o valor total, mas a classe C foi a que teve menor variação negativa.

Injeção de R$ 24,2 bilhões no comércio

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De acordo o IBGE, o auxílio emergencial chegou a 30,1 milhões de domicílios brasileiros. Esse número representa 43,9% do total de residências do país.

O benefício injetou R$ 24,4 bilhões diretamente no comércio em compras por pagamento digital. Foram R$ 19,8 bilhões por débito virtual e R$ 4,7 bilhões por QR code, por meio de aplicativo, registrados até o final de agosto, de acordo com a Caixa Econômica Federal.

Criado pelo governo federal para a população de baixa renda e trabalhadores informais enfrentarem a crise provocada pela pandemia de coronavírus, passou de três parcelas para cinco de R$ 600 cada, no caso de mãe chefe de família, R$ 1.200. Agora mais quatro com valor menor, de R$ 300, serão pagas até dezembro. O auxílio já foi pago a 67,2 milhões de pessoas, num total de mais de R$ 213,8 bilhões.

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