Com expectativa de manutenção dos juros, Copom começa nesta terça reunião para definir Selic
Na última reunião, Banco Central elevou a taxa de juros de 14,75% para 15% e sinalizou que interromperia ciclo de altas
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia nesta terça-feira (29) a quinta reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. O resultado será divulgado na quarta-feira (30). Atualmente, a Selic está fixada em 15% ao ano.
O mercado projeta a manutenção do patamar atual, o que encerraria uma sequência de sete aumentos consecutivos iniciada em setembro de 2024.
No encontro anterior, o comitê sinalizou uma possível interrupção no ciclo de aperto monetário, mas reiterou o compromisso com o controle da inflação.
Os diretores ressaltaram a importância de uma política monetária “significativamente contracionista por período prolongado”, diante da persistência inflacionária, atividade econômica robusta, pressões salariais e expectativas desalinhadas.
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Projeções do mercado
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (28), aponta consenso entre analistas financeiros quanto à manutenção da Selic em 15%.
Entre as 85 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o encerramento de 2025 permanece em 15%.
Para o fim de 2026, a previsão central segue em 12,5%, valor inalterado há 26 semanas consecutivas. Considerando as 84 projeções mais recentes, essa estimativa também foi mantida.
O que é a Selic?
A Selic representa o principal instrumento de controle do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Taxas elevadas encarecem o crédito, limitam o consumo e a produção, e podem desacelerar o crescimento econômico.
Na prática, elevações na Selic aumentam os juros aplicados a financiamentos, empréstimos e cartões de crédito, desestimulando a demanda e contribuindo para a contenção da inflação.
Superquarta no Brasil e nos EUA
O anúncio da nova taxa ocorrerá durante a chamada “superquarta” — nome dado aos dias em que ocorrem simultaneamente decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos.
O Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) manteve sua taxa no intervalo entre 4,25% e 4,5%.
No final de 2024, diante da valorização do dólar e da alta inflacionária, o Banco Central brasileiro intensificou os aumentos na Selic como forma de conter o consumo e os preços.
Histórico
Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a taxa permaneceu em 13,75% ao ano.
Em seguida, houve seis reduções de 0,5 ponto percentual e uma de 0,25 ponto, atingindo 10,5% em maio de 2024.
Esse nível se manteve até setembro de 2024, quando o Copom elevou a taxa para 10,75%.
Desde então, ocorreram sete altas consecutivas, culminando nos atuais 15% — maior nível desde 2006.
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