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Com reajuste, gasolina pode passar de R$ 7 pela 1ª vez na história

Em dois anos, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis já aumentou 45%, segundo dados da ANP

Economia|Do R7

Fila para abastecer veículos em posto da Água Branca, zona oeste de São Paulo
Fila para abastecer veículos em posto da Água Branca, zona oeste de São Paulo Fila para abastecer veículos em posto da Água Branca, zona oeste de São Paulo

A Petrobras anunciou que a partir desta sexta-feira (11) o preço dos combustíveis nas suas refinarias serão elevados em 18,7% na gasolina, 24,9% no diesel e 16% no GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), ou gás de cozinha.

Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras às distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o valor médio irá de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Mas o aumento nas bombas não é imediato, costuma demorar um pouco.

Como a gasolina da Petrobras representa 73% da mistura que é vendida nos postos de combustíveis, com o restante de etanol anidro, o aumento poderá ser de R$ 0,44 por litro, elevando o preço médio nacional para acima de R$ 7 pela primeira vez na história. 

Para o preço médio do diesel, a previsão é que chegue a um valor em torno de R$ 6,40 por litro, caso as outras composições não tenham aumento.

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O preço médio de venda do gás de cozinha para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%. O preço médio final do botijão de 13 quilos poderá passar para cerca de R$ 110.

Depois da crise da pandemia de coronavírus, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia trouxe impactos diretos no setor de petróleo. Depois de tocar os US$ 139,13 na última segunda-feira (7), o petróleo vem cedendo de preço e operava nesta quinta-feira cotado a US$ 112,11 o barril.

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O governo brasileiro e o Congresso Nacional buscam uma solução para evitar que a grande volatilidade externa da commodity continue a contaminar os preços internos. O Senado aprovou nesta quinta-feira (10) o projeto de lei que altera a forma de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações que envolvem combustíveis, o que deve baixar o valor de venda dos produtos derivados de petróleo.

Segundo o texto, a alíquota do ICMS na comercialização de gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha, derivado de gás natural e querosene de aviação será cobrada sobre o valor fixo por litro, e não pelo preço do produto.

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Gasolina aumenta 45% em dois anos

Desde o início da crise provocada pela pandemia de coronavírus, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis já variou 45%. O valor médio cobrado por litro era de R$ 4,550 em fevereiro de 2020. Já no mesmo mês deste ano o preço chegou a R$ 6,600, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

O maior valor médio já registrado havia sido em novembro de 2021, com R$ 6,744 o litro. Em dezembro, a Petrobras anunciou queda nos preços vendidos à refinarias. Com isso, o litro da gasolina nos postos passou para R$ 6,670, em dezembro, uma queda de 1,09%. Mas os preços voltarama subir após o último aumento da Petrobras, em 12 de janeiro de 2022. 

Os combustíveis foram, junto com alimentos e energia elétrica, responsáveis pela variação de 10,06% da inflação oficial de preços em 2021. 

Combustíveis foram um dos vilões da inflação em 2021

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